O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro ficou negativo em 0,29%, esse é o terceiro mês seguido de deflação.  De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, essa foi a menor variação para um mês de setembro desde o início da série histórica. No ano, o IPCA acumula alta de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%, seguindo a curva de queda verificada na comparação com os 8,73% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2021, a variação havia sido de alta de 1,16%.

No segmento habitação, em que energia elétrica está incluída, houve aceleração quando comparado a agosto. Enquanto no mês anterior ficou positivo em  0,1%, em  setembro subiu para 0,6%, especialmente por conta da energia elétrica residencial, que aumentou 0,78%, após a queda de 1,27% observada no mês anterior. Influenciaram nesse índice os aumentos verificados em Vitória (impacto de 4,95%), as tarifas por kWh foram reajustadas em 10,37%, a partir de 7 de agosto. Além disso, houve reajuste de 14,74% nas tarifas em Belém (impacto de 3,54%), também em vigor desde 7 de agosto.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro tiveram queda em setembro. Apesar de recuar menos do que no mês anterior em 3,37%, o grupo dos Transportes recuou 1,98% e contribuiu novamente com o impacto negativo mais intenso sobre o IPCA do mês: -0,41 ponto percentual (p.p.). Na sequência vieram Comunicação (-2,08%) e Alimentação e bebidas (-0,51%), ambos com -0,11 p.p.

No ano de 2022 o IPCA no Rio de Janeiro está no primeiro lugar do ranking das regiões com alta de 5,5% seguidos por Salvador com 4,97% e depois São Paulo com 4,84%.