O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou na segunda-feira, 10 de outubro, o boletim mensal de energia referente ao mês de julho de 2022 e mostrou uma tendência de aumento de mais de 80% na capacidade instalada de fonte fotovoltaica referente à Geração Distribuída (GD) em relação ao ano anterior.

De acordo com o MME, o forte aumento da GD é reflexo de políticas públicas de incentivo às fontes de energia renováveis e da Micro e Mini Geração Distribuída, como a Lei nº 13.203/2015 e a Lei nº 14.300/2022. “Considerada o marco-legal da GD, a Lei 14.300 gerou uma “corrida” no setor, diante da oportunidade de assegurar a gratuidade da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD)”.

Segundo o boletim mensal, a oferta de energia hidráulica segue apresentando tendência de crescimento, de 7,6% no ano, mesmo com recuo da importação de Itaipu, de 13,8%. Somada à diminuição do consumo de gás natural para geração elétrica e à retomada da participação dos produtos da cana, apresenta-se um cenário de decréscimo da participação das termelétricas fósseis. De acordo com o MME, isso gera menores perdas durante a geração e impacta em um índice menor de crescimento da oferta interna de energia (OIE) quando comparada ao consumo final de energia (CFE). Assim, para 2022, estima-se que a OIE cresça em torno de 0,9%, enquanto o CFE chegaria a 2,8%, com as renováveis subindo de participação, de 44,7% para 46,5%.

Por outro lado, na oferta interna de energia elétrica (OIEE) há uma tendência de aumento de 2,1%, com as renováveis atingindo participação de 84,5% no ano. Segundo o MME, diante da lei complementar 194/2022, com alteração da incidência do ICMS, o preço das tarifas de eletricidade segue em tendência de queda. Em relação ao mês de julho do ano passado, houve uma redução de 10,5%, 8,0% e 6,1% para os setores residencial, comercial e industrial, respectivamente. Quando comparadas a todo ano anterior, as tarifas ainda apresentam alta.

Para finalizar, o consumo comercial continua em destaque, com alta de 9,9% no mês em relação ao mês de julho de 2021 (9,2% no ano). O consumo residencial cresceu 0,6% no mês, em relação ao mês anterior, e cresce a 0,7% no ano. Já o consumo industrial teve alta de 2,4% no mês, em relação ao mês anterior, e cresce a 0,4% no ano