De olho no aumento da vazão no Rio Iguaçu e impactos no Rio Paraná na altura de Foz do Iguaçu (PR), a Itaipu acionou sua Comissão de Cheias para acompanhar a situação hidrológica na região, que tem passado pelo efeito de represamento das águas até a barragem da hidrelétrica.

A binacional afirmou que está trabalhando para mitigar os efeitos da elevação do Rio Iguaçu, acumulando o máximo possível da água do Rio Paraná que chega ao seu reservatório. Nesta manhã, o nível do lago era de 219,81 metros e não há previsão de abertura das comportas.

Os níveis são continuamente monitorados e avaliados pela Divisão de Estudos Hidrológicos e Energéticos da Itaipu, subordinada à Superintendência de Operação da UHE, agora também discutidos na reunião diária da Comissão de Cheias, formada por profissionais, brasileiros e paraguaios, de diferentes áreas da empresa. Os boletins diários podem ser encontrados neste link.

Seis vezes mais água

Com as chuvas que acometeram a região sul do Brasil, a empresa informou que a contribuição do afluente para o Rio Paraná aumentou seis vezes, passando de 2.500 m3/s para valores de 15.000 m3/s em menos de 48 horas. Às 11h13 desta quinta-feira, 13 de outubro, a estação da Ponte da Amizade marcava 112,85 metros (em relação ao nível do mar). Isso representa quase 12 metros acima da média. Ao longo do dia, a previsão é de que o nível do rio deva subir ainda um metro.

As observações também apontam que a situação afeta trechos do bairro San Rafael, em Ciudad del Este, no Paraguai. A cota de inundação é de 108,40 metros para a passarela de pedestres, e de 112,30 metros para a rua de concreto. No lado brasileiro, a primeira estrutura a ser afetada é o porto de areia no bairro Porto Meira, mas apenas acima de 114 metros. Diante do cenário, Itaipu ressalta a possibilidade de pontos de inundação até a próxima segunda-feira (17), esperando que o rio volte gradualmente aos níveis considerados normais nos próximos dias.