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Com a viabilização da UHE Estrela (48,4 MW) e da PCH Taboca (29,7 MW), a Atiaia Renováveis se saiu como uma das grandes vencedoras do leilão A-5 da última sexta-feira, 14 de outubro, tendo vendido 25% da energia do leilão. As usinas ficam localizadas no rio verde, em Goiás. De acordo com o CEO da Atiaia, Rodrigo Assunção, a vitória veio devido ao trabalho realizado pela empresa em prol da fonte. No leilão A-4, a PCH Fundãozinho já havia sido vendida. Para ele, a regra que destinava metade da energia do leilão para PCHs foi importante, porque devolveu a competitividade da fonte, que vinha com baixa performance nos certames. “Estamos muito orgulhosos desse objetivo”, afirma.

Ele esperava preços mais perto dos que foram executados no leilão. O executivo afirmou que houve disputa no certame, o que acabou impactando no preço. “Os preços trazem um bom equilíbrio para o investidor e boa competitividade para as distribuidoras”, comenta. As PCHs continuam no radar da empresa, que promete continuar disputando certames com projetos dedicados a fonte. Segundo ele, há outros projetos no pipeline em diferentes estágios de desenvolvimento que podem entrar. “São projetos competitivos com boas chances de viabilização nos leilões futuros”, avisa. Hoje a Atiaia tem oito PCHs em operação e em menos de um mês deve ter a nona. Com as PCHs dos leilões, chegará a 12 usinas.

Por estarem no mesmo rio, a empresa quer fazer sinergias nos canteiros de obras e antecipar a operação prevista em contrato. os epecistas itas ainda não estão definidos. Ele promete que em breve também será anunciada a entrada da empresa na fonte solar.

Quem também logro êxito no certame foi a Solatio. O CEO da empresa, Pedro Vaquer, classificou a vitória no leilão A-5 como uma boa oportunidade para a empresa, uma vez que ela vinha se dedicando a projetos no mercado livre. A Solatio viabilizou as UFVs Professora Heley de Abreu Silva Batista 1 e 2, de 50 MW cada uma em Janaúba (MG). O executivo esperava mais disputa no certame e almeja antecipar o início da operação das usinas para vender a energia no ACL. “Me surpreendeu que não houvesse mais concorrência. Em outras ocasiões teriam vistos muitos investidores de fora”, relata. Para ele, o momento de incerteza que passa o país pode ter causado o afastamento.

Ainda de acordo com o CEO da Solatio, outras incertezas como a dependência de equipamentos da China, acabam por impactar na equação para participação no leilão. Hoje a Solatio tem uma parceria com a Perfin em um complexo solar de 3.300 MW que deve entrar em operação total até 2025. Até o fim do ano, 1.000 MW desse complexo deve estar operacional. As usinas foram batizada com o nome de Professora Heley de Abreu Silva Batista, que salvou a vida de várias crianças em um incêndio criminoso, em uma creche em Janaúba em 2017.