As energias renováveis vêm trazendo mecanismos peculiares e grandes desafios para o atingimento das suas metas, como melhores práticas para a diversidade e inclusão no setor eólico. “Os principais potenciais eólicos se concentram em áreas do Nordeste do Brasil com grandes desafios de desenvolvimento. E isso traz uma oportunidade em respeito as melhores práticas de ESG para inclusão e diversidades. E essas práticas já são benéficas ao setor”, disse o diretor da Maron Consultoria, Ney Maron.
Segundo Maron, as empresas possuem realidades bem distintas em um País desigual. “As formas para atuar em São Paulo são distintas do interior do País. Temos que resistir ao desafio, a arrogância do conhecimento técnico científico, onde tudo sabemos a soluções para os outros. A grande chave da mudança é a sensibilidade, a atenção que se dá ao tema”, ressaltou.
Para Marcela Ruas, da Women in Wind (GWEC), a indústria eólica é diversificada. “Temos que fomentar a entrada da mulher no setor eólico. Uma transição energética justa e inclusiva”, ressaltou. Ela ainda destacou que 21% da força de trabalho no setor eólico é de mulheres.
“O GWEC criou uma iniciativa que contribui para aumentar a inclusão no setor elétrico. É um programa com duração de 1 ano e basicamente tem três pilares, mentoria, aprendizado e viagens para networking. A ideia é promover e colocar as candidatas à disposição do leque de empresas e proporcionar o máximo de troca de experiências. Esse programa já está em sua segunda edição e o Brasil teve o maior engajamento de candidatas. Temos um orgulho imenso de ter algo nesse sentido”, explicou Marcela.
Já para a CEO da AES Brasil, Clarissa Sadock, é necessário capacitar pessoas no setor eólico. “Temos muita mão de obra qualificada e 30% de alta liderança da AES é feminina”, declarou. Vale destacar que a companhia possui hoje um parque operado apenas por mulheres.
Segundo Clarissa, a AES começou com essas oportunidades com uma pesquisa para entender a sua população e com base nisso montou grupos de trabalhos. “Esse é um programa que nos orgulha muito e estamos montando no Rio Grande do Norte uma outra turma. Essa onda positiva vai trazendo mais pessoas. No primeiro recebemos cerca de 300 currículos e na nova turma em Natal só na primeira semana já tivemos 300 currículos. Isso gera qualidade e transformação”, destacou Clarissa.