A Empresa de Pesquisa Energética pretende incluir o risco da volatilidade da geração renovável e dos combustíveis no Plano Decenal de Energia. Durante painel no Brazil Wind Power 2022 nesta quarta-feira, 19 de outubro, o diretor Erik Rego revelou que os estudos ainda estão começando e que a inclusão só ocorreria no PDE 2033 ou 2034. De acordo com ele, atualmente se trabalha apenas com a incerteza da água, refletida na diferenciação dos Custos Marginais da Operação. Com as renováveis, é usada uma média de geração, sem as suas volatilidades. Já na térmica, é projetado o preço do combustível.
Ainda de acordo com ele, agora entrariam as incertezas na geração das eólicas e fotovoltaicas, por meio de um modelo desenvolvido, além da variação do custo do combustível. Seria inserida uma segunda variável com o risco desse custo, tendo duas camadas de análise, de modo a se obter uma melhor comparação entre os cenários. Rego adverte que a fonte mais barata pode ter um custo de volatilidade maior. A que tiver um custo mais caro e um risco maior, seria a pior. “Comparar não só o custo total, mas o risco do custo também”, explica.
Leilão – A EPE já entregou para o MME os estudos com propostas para novos produtos para o leilão de reserva, cancelado no último mês de setembro. O Operador Nacional do Sistema já estuda esses aperfeiçoamentos, de maneira que possam efetivamente fazer o atendimento do que é necessário para o que demanda o leilão. Segundo Rego, não há pressão sobre prazos de entrega, uma vez que a solicitação do ministro Adolfo Sachsida é que o certame seja ‘redondo’.