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Uma das mais tradicionais fornecedoras de equipamentos para subestações e transmissão do país, a Hitachi Energy, que no passado era a divisão Power Grid da ABB até ser comprada ainda em dezembro de 2018, está confiante com as perspectivas de expansão no Brasil dos próximos anos. Além da chamada ‘corrida do ouro’ que reúne quase 200 GW de projetos com pedidos de outorga na Aneel, há ainda a realização de leilões de transmissão que somente no ano que vem deverão resultar em projetos de R$ 50 bilhões em investimentos.

Na avaliação do Diretor de Marketing e Vendas da Hitachi Energy, Glauco Freitas, com esse volume há espaço para todos os atores do mercado. No caso da empresa que representa, em virtude do volume é natural que a companhia seja mais seletiva na hora de fechar contratos.

“Há capacidade de atendimento à demanda por equipamentos no Brasil, os gargalos que existem estão na disponibilidade commodities e, principalmente, na mão de obras, não está na tecnologia”, avaliou ele durante o Brazil Windpower 2022. “É muita coisa acontecendo, temos capacidade de produção, mas podemos ser seletivos, há oportunidades para todos, um momento diferente do mercado”, acrescentou.

Ele relata que a Agência Nacional de Energia Elétrica está atenta a essas questões que podem representar um gargalo no Brasil. Por isso, disse ele, em reunião com associados da Abdib, a agência reguladora até sinalizou com a perspectiva de postergar prazos para auxiliar no cronograma e fluxo de obras. Até porque, disse ele, os investidores garantiram que possuem os recursos disponíveis para os projetos pretendidos.

Nesse horizonte ainda não está contemplada a demanda que poderá vir do desenvolvimento da eólica offshore. Uma tecnologia que mudará o patamar de potência. “Passaremos a falar de GW e não mais MW quando chegar a geração em alto mar, mas isso deverá se dar em 2030”, lembrou.

E para atender a essa demanda, relatou o executivo, a Hitachi Energy vem investindo em novas tecnologias e no desenvolvimento de novos produtos. Desde que a empresa japonesa passou a controlar as operações vem investindo na unidade de Guarulhos ao ponto que em três anos triplicou sua capacidade de produção. E, segundo Freitas, continua a olhar nesse sentido.

Tanto que as soluções que hoje compõem o portfolio da empresa é totalmente novo em comparação ao que existia à época da ABB. Hoje a companhia passou a produzir buchas com nova tecnologia, iniciou entre 2019 e 2020 uma linha de produção de transformadores de menor porte de até 138 kV para atender a indústria e até distribuidoras.

Muitas das soluções, contou ele, foram lançadas há dois meses, durante evento do Cigré, em Paris. Entre elas, o que nomeou como Grid-eXpand, uma gama de produtos modulares pré-fabricadas de conexão de rede isoladas a ar e a gás que reduz o tempo e o custo de instalação.

Outra aposta está na digitalização do setor apostando em softwares que permitem monitoramento detalhado e em tempo real dos equipamentos, melhorando tanto a sua disponibilidade quanto a segurança. Além de outros softwares do ecossistema nomeado como Lumada, desenvolvido pela Hitachi, um deles projetado para fornecer informações de integridade e desempenho para evitar falhas críticas de ativos e otimizar os custos do ciclo de vida dos equipamentos.

Em geral, ele afirma que a companhia está pronta para atendimento da demanda pela fábrica no Brasil. A exceção ainda é o HVDC cuja tecnologia, por ser mais rara no Brasil, mas que conta com o apoio da sede da companhia, que continua sendo na Suécia. A Hitachi Energy calcula que esteja presente em 50% dos parques eólicos e solares do Brasil.