A Equinor pretende investir cerca de US$ 23 bilhões nos próximos cinco anos em renovável e soluções de baixo carbono e a eólica offshore vai pegar a maior parte. De acordo com o diretor de eólicas offshore Brasil e América Latina da Equinor, André Leite, esses números são globais. “O Brasil é um potencial candidato a se tornar um cluster e fazer uso de uma parte desses investimentos. A Equinor está no Brasil há mais de 20 anos e está aqui em compromisso de longo prazo”, disse o executivo, que participou essa semana do Brazil Windpower.
Segundo o executivo, o mundo precisa de energia eólica, mas a onshore não vai dar conta e a offshore é a saída e muito mais rápida e o objetivo da Equinor é formar de quatro a cinco clusters de eólica offshore no mundo. “Sendo assim, para conseguir ser um cluster de eólica offshore as condições econômicas do desenvolvimento devem ser sustentáveis”, destacou. Ele ainda afirmou que cerca de 20% do offshore no mundo estão localizados em água rasa e ainda 80% na geração flutuando.
Já com relação as portarias publicadas que definem os regramentos e diretrizes complementares para cessão de uso de áreas fora da costa, e as diretrizes para criação de Portal Único de Gestão do Uso das Áreas Offshore, Leite destacou que é importante haver uma definição sobre os direitos de uso das áreas Offshore.
“O Decreto 10.746/22 cria um arcabouço para que isso seja feito através de licitação (planejado ou independente). A publicação das portarias é um passo positivo nessa direção e a Equinor está trabalhando ativamente com outras empresas, a ABEEólica e as autoridades buscando garantir um processo transparente e consistente com as metas de sustentabilidade do negócio”, finalizou.