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O crescimento da atividade no mercado de energia eólica tem levado a Vestas a trabalhar na otimização de suas atividades no sentido de aumentar a produção. A companhia tem uma capacidade de produção de 9 turbinas por semana e a perspectiva é de chegar daqui a um ano com um volume de 12 unidades, aumento de 33%.
De acordo com o Rodrigo Ugarte Ferreira, líder de Procurement para Latam da Vestas, a empresa tem uma carteira de pedidos da ordem de 2 GW ao ano no Brasil e mais 1 GW que é negociado na América Latina. Esse volume é atendido pela fábrica da empresa que fica no Ceará, a responsável pelo fornecimento regional.
“Estamos confiantes e expandindo nossa capacidade, nossa ambição é de em poucos anos ampliar para vender até 4 GW ano no Brasil”, disse ele em entrevista à Agência CanalEnergia durante o Brazil Windpower 2022. Mas a empresa não está apenas focada na produção, disse ele, há oportunidades também na cadeia de serviços e a companhia, que fechou acordo com a Wartsila para reparos em gearboxes, está em fase final para fechar um segundo acordo de mesma natureza até o final do ano.
“Entendemos que isso apoia nossos clientes e reduz o prazo de trânsito para a realização de reparos que precisavam ir para outros países. Já temos uma parceria com a Wartsila e ainda uma outra até dezembro deste ano que, acreditamos, vai atender a toda a América Latina nesse quesito a partir do Brasil”, revelou ele.
A empresa vê na ampliação de fornecedores locais como de torres e pás, o caminho para ampliar sua presença local. E assim, assegurar a garantia de fornecimento, “que tem a ver com a segurança energética dos clientes”, afirmou Ferreira.
Agora para a eólica offshore, avalia o executivo, ainda é necessário avançar na questão da regulação, da financiabilidade e na originação de projetos. Além disso, reforça que a questão de demanda é importante para a viabilização. Outro fator é a cadeia de fornecimento e a própria indústria como um todo que necessita se preparar para essa tecnologia, cujo porte é muito maior que o desenvolvido para o onshore. No caso da Vestas a sua plataforma para offshore é a de 15 MW enquanto para o onshore mais recente está na casa de 7 MW.
“O offhsore será a realidade na América Latina, não será para amanhã. Ainda há muito potencial onshore. Além disso, é necessário logística pois são peças impossíveis de serem transportadas via terrestre, são muito pesadas para isso precisamos de nova atividade fabril em locais próximos de onde estarão os projetos. Depois de uns 4 a 5 anos que as condições estiverem colocadas é possível pensarmos no desenvolvimento dessa indústria por aqui”, finalizou ele.