A Light e suas subsidiárias Light Serviços de Eletricidade e Light Energia tiveram suas classificações de risco de crédito reafirmadas pela Moody’s em Ba3 com alteração na perspectiva de positiva para estável.
De acordo com a Moody’s, os ratings Ba3 reconhecem o arcabouço regulatório geral adequado que vem proporcionando reajustes tarifários consistentes para a Light SESA, conforme refletido no reajuste de 14,68% concedido em março de 2022, com alguma tolerância em consideração às especificidades sociais e econômicas de sua área de concessão, sujeito a requisitos de prudência e não totalmente isolados de pressões políticas.
Além disso, os ratings também consideram o perfil de liquidez atualmente adequado e uma expectativa de melhora gradual nas métricas de crédito da empresa, impulsionadas por suas iniciativas contínuas de recuperação de negócios.
Contudo, a Moody’s afirmou que o perfil de crédito da empresa é limitado pelo alto nível de perdas de energia em seu segmento de distribuição, que permanece bem acima das exigências regulatórias que limitam a taxa de conversão do fluxo de caixa e juntamente com a alta taxa de desemprego e roubos de energia em sua área de concessão desafiando a recuperação do crescimento do consumo. O ritmo de desalavancagem também permanece limitado pelos gastos de capital da empresa.
Por outro lado, a ação de rating também leva em consideração as crescentes incertezas que podem atrasar as melhorias contínuas nas métricas de crédito consolidadas da Light e desafiar sua estratégia de gestão de passivos, incluindo as condições econômicas para a renovação da concessão de distribuição no Rio de Janeiro, os riscos de execução para implementar a nova estratégia de negócios da empresa e as incertezas jurídicas quanto ao escopo da devolução de determinados créditos tributários aos consumidores.
A renovação do contrato de concessão da Light SESA, com término em junho de 2026, é uma consideração fundamental para o perfil de crédito da Light. A Moody’s assume a prorrogação como um cenário provável, considerando a recente alteração de seu contrato de concessão permitindo a possível renovação da concessão por mais 30 anos. No entanto, os termos e condições econômicos para a renovação permanecem incertos neste momento.