A Neoenergia deverá vender seus ativos de transmissão até o final do primeiro semestre de 2023. “Algumas operações já estão no mercado e estão avançando bem e temos interessados para todas elas, porém ainda não temos nenhuma oferta vinculada e obviamente esperamos que todas elas se concretizem nos próximos meses. Colocamos uma meta de até final do primeiro semestre de 23 e está avançando bem”, disse o CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui.
O executivo afirmou que o destino das vendas dos ativos será para amortizar as dívidas e ter uma saúde financeira razoável. “Procuramos investidores financeiros para crescer junto com a gente. E isso significa que podem ser dois ou três sócios que entrariam nessa sociedade. Estamos num processo de rotação de ativos e avaliando as oportunidades. A primeira oportunidade será aqueles ativos da Neoenergia que não são estratégicos para a companhia e com retorno baixo”, explicou Capelastegui durante teleconferência com investidores. Ele ainda declarou que a Neoenergia irá continuar tendo total relevância para efeitos da operação dos lotes e em nenhum caso teríamos menos de 50%.
O CEO da Neoenergia também deixou claro que a companhia não deixará de avaliar participação no leilão de transmissão de energia de junho de 2023. “Não vamos participar do leilão de dezembro de 2022 e passaremos a avaliar o leilão de junho de 2023. Nós participamos nos últimos cinco anos com relativo sucesso. Mas ainda faltam nove meses para esse leilão e ainda não sabemos quais lotes vamos avaliar”, ressaltou. Ele ainda deixou claro, que não vão ser mais ou menos agressivos em junho por conta da venda de ativos, mas que a Neoenergia continuará buscando a rentabilidade mínima de dois dígitos.
Ele ainda destacou que houve avanços em todos os projetos já realizados. O leilão de junho de 2022 já possui 89% do Capex contratado com hedge de commodities e moeda para o lote 2. “Importante destacar também que conseguimos junto ao governo de Minas Gerais incluir este lote número 2 nos projetos prioritários do Estado o que nos coloca em posição de destaque no que diz respeito ao licenciamento”, afirmou. Segundo ele, a frente de renováveis também tem notícias positivas com o complexo eólico Oitis já com 259 MW em operação comercial e em teste e a conclusão deverá ocorrer nos próximos meses.