O período úmido 2022/2023 deverá acontecer com a presença pelo terceiro ano seguido com La Niña. O fenômeno climático vem se intensificando e o pico é previsto para ocorrer entre novembro e dezembro deste ano e se manter até perder força e chegar à neutralidade no início do próximo outono. Segundo a meteorologista Ana Clara Marques, da Climatempo, esse deverá ser o fator macro que deveremos ver ao longo desse período úmido. Contudo, ela avalia que a intensidade deverá se ainda mais fraca do que o verificado nesse mesmo período do ano passado.
“Em 70 anos essa é apenas a terceira vez que temos o La Niña pelo terceiro ano seguido, isso mostra que a situação é bem rara de acontecer. No primeiro ano o fenômeno é mais intenso, depois um pouco mais moderada e para esse ano a previsão é de que fique entre fraca a moderada”, destacou a meteorologista durante o CanalEnergia Live desta quarta-feira, 26 de outubro.
Ela explica que o fenômeno é caracterizado por deixar a região sul mais seca do que o normal e intensifica as chuvas no Norte e Nordeste do país. Inclusive, o mês de novembro, que é o primeiro ‘oficialmente’ dentro do período de chuvas na maior parte do país, deverá começar mais seco, inclusive com a presença de um bloqueio atmosférico e depois com uma massa de ar frio que pode chegar ao Acre e ainda provocar geada em um “típico frio de inverno fora de hora” nas regiões mais altas do sul.
Contudo, na segunda metade do mês que vem é previsto o retorno das chuvas no Brasil central até o Sudeste por conta da quebra desse bloqueio e a ocorrência de corredores de umidade e as chamadas ZCAS, Zonas de Convergência do Atlântico Sul, que viabiliza as chuvas no centro do Brasil em importantes bacias do SIN.
Nesta quinta-feira, 27 de outubro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico realizada a partir das 14h o primeiro dia de reunião do Programa Mensal de Operação, com as perspectivas para novembro.