A Auren Energia continua com seu plano de crescer em fontes renováveis com base em projetos greenfield. Contudo, a empresa não descarta aquisições e nem mesmo participar de leilões de transmissão, apesar de não ter ainda tomado uma decisão sobre essa possibilidade.

Segundo o CEO da empresa, Fábio Zanfelice, no momento a meta da empresa continua a ser o desenvolvimento e construção do pipeline da empresa que é de 1,9 GW em projetos. “Temos trabalhado bastante em estudar ativos para ver se vale a pena”, comentou ele.

Esse apetite por ativos operacionais, acrescentou o executivo pode ser visto, por exemplo na participação da empresa pela CEEE-G onde não foram vencedores, mas que, segundo ele, dá ideia do interesse em projetos no mercado secundário. Em transmissão, disse em teleconferência de resultados da empresa no terceiro trimestre, é necessário avaliar o retorno do projeto, se faz sentido para as diretrizes da empresa. Se fizer sentido, a empresa pode partir para a aquisição.

Até porque a Auren encerrou o terceiro trimestre com caixa de mais de R$ 3 bilhões, uma alavancagem de 1,7 vez a relação dívida líquida sobre o ebitda e um perfil de endividamento que se concentra pagamentos maiores a partir de 2030 para frente.

Inclusive, quando questionado, sobre o destino dos recursos, Zanfelice lembrou que a Auren está apenas a seis meses operacional no atual formato. Esse fato, disse ele, ainda é um prazo muito curto para estudar as oportunidades de mercado. E que por essa razão não vê perspectiva de declarar pagamentos de dividendos mais elevados, pois ainda, em suas palavras, a empresa busca onde alocar os recursos para agregar valor em crescimento da companhia.

“Seremos bem sucedidos no crescimento inorgânico, mas não sendo, acho que faz sentido sugerir uma discussão sobre os dividendos, mas isso não ocorre em curto espaço de tempo”, concluiu lembrando que as ações que a empresa adota levam em conta disciplina financeira e o retorno que os acionistas desejam.