A previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico aponta que a carga poderá encerrar 2022 com crescimento de 0,5% quando comparado a 2021. Essa previsão, se confirmada, ficaria 1,6 ponto porcentual abaixo do que foi calculado na 2ª revisão quadrimestral de 2022 a 2026. Para novembro a estimativa é de que a carga fique 0,6% menor e em dezembro próximo à estabilidade, alta de apenas 0,1%.

Os dados foram apresentados durante o primeiro dia de reunião do Programa Mensal de Operação para novembro, realizado nesta quinta-feira, 27 de outubro. Apesar do mês atual ainda não estar fechado a previsão é de que a carga ajustada fique 1,1% menor do que em 2021.

No maior submercado do país, o Sudeste/Centro-Oeste, a estimativa anual é de alta de 0,7% ante uma previsão de 1,9%. Em novembro o ONS calcula carga estável em relação a 2021, para dezembro a projeção é de alta de 0,2%, ambos em níveis mais baixos do que era esperado na revisão quadrimestral. O operador explicou que uma parcela dessa queda deve-se às temperaturas mais amenas, mas também cita a expansão da micro e minigeração distribuída como fator que tem impactado.

Já no sul a curva descendente continua a ser verificada em relação a 2021. São três meses seguidos com os dados de outubro e deve se manter até dezembro. Com isso, a estimativa é de retração anual em 0,5% ante uma expectativa de alta de 2,2% da revisão quadrimestral. Para novembro, o ONS indica queda de 5,7% e no mês seguinte é de 4,6%.

O Nordeste é outro submercado em que no final de dezembro deverá ser reportada queda quando comparado ao ano anterior, na ordem de 1,3% ante uma previsão de estabilidade. Para novembro é esperado retração de 2,7% e em dezembro em 0,5%. A 2a revisão quadrimestral indicava uma expansão de 8,4% e de 5,4%, respectivamente. Em outubro a estimativa é de queda na carga ajustada de 4,5%.

Por fim, no Norte, com a retomada de consumidores livres a previsão de alta é de mais de 10% em cada mês no próximo bimestre. Está em 10,1% em novembro e de 10,7% em dezembro. Ainda assim cerca de metade do que era calculado anteriormente. No acumulado do ano o submercado deverá apresentar carga 4,2% acima do reportado em 2021.