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Dados da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) mostram que o Brasil é o segundo País com a conta de luz mais alta do mundo. Este valor se resume a cerca de R$ 330 bilhões por ano e algumas das razões para o País ocupar esta posição são: o aumento em 47% no custeamento da energia nos últimos cinco anos e principalmente, R$ 50 bilhões pagos a mais, sem necessidade.
Dentre as problemáticas envolvidas no setor, está a falta de clareza relacionada às informações contidas no documento e, com o intuito de promover um conteúdo auto-explicativo e fornecer soluções para a redução de gastos, surgiu a Lead Energy, startup que visa apresentar alternativas ao consumidor. Para o CEO da Lead, Raphael Ruffato, os custos excessivos de energia se resumem a três categorias: consumo, demanda e impostos. “Com um bom diagnóstico e a troca do fornecedor, é possível economizar cerca de 25%. Reduzindo a demanda e a troca da tarifa, podemos descartar quase R$ 2 bilhões em multas por ultrapassagem e, recuperando os créditos provenientes dos impostos exagerados, R$ 11 bilhões por ano podem ser resgatados pela classe industrial”, disse.
Diante deste cenário, a Lead Energy tem o objetivo de reduzir os gastos com contas de energia no Brasil em pelo menos R$ 1 bilhão. A startup que nasceu na pandemia, em 2020, tem como meta diminuir os gastos da conta de luz com soluções sustentáveis. “O objetivo da Lead Enegy até 2027 é reduzir a conta de luz dos brasileiros em pelo menos R$ 1 bilhão. Este valor é equivalente a 0,3% do valor total pago pelo consumidor brasileiro anualmente”, destaca.
De acordo com Ruffato, a Lead Energy irá ajudar os pequenos e médios consumidores de energia a economizarem na conta de luz com soluções sustentáveis. “Queremos levar ao cliente uma abordagem diferente, na qual ele possa entender a própria conta de energia de uma forma muito mais simples, até porque hoje quase ninguém entende sua conta de luz. Na minha opinião, atualmente muitas empresas do mercado de energia dificultam a venda dos produtos, usando termos técnicos que só quem está no mercado conhece. Para resolver esta questão é preciso, em primeiro lugar, criar um novo dicionário para que o cliente consiga entender as informações. Um exemplo é o uso de nomenclaturas de fácil domínio como substituir “energia incentivada” por “energia verde”, tornando mais simples a compreensão. A ideia também é reduzir a burocracia do consumidor, tornando a escolha do fornecedor de energia muito mais descomplicada e, em paralelo, usar a tecnologia a favor deste cliente, que muitas vezes é visto apenas como consumidor que tem a obrigação de pagar a conta somente”, explicou.
O executivo ainda declarou que a abertura do mercado livre de energia vai possibilitar que o consumidor de energia reduza a tarifa, em até 30%. “Além de pagar menos, a outra vantagem é que ele terá uma energia de fonte totalmente verde, graças à possibilidade de comprar energia de uma fonte biomassa, eólica, solar, por exemplo. Creio que o mercado livre seja a chance que temos de ajudar o País a sair da classificação de uma das tarifas mais caras do mundo”, explicou.
E segundo o executivo, só é possível ajudar o País sobre essa redução de tarifa com o apoio da tecnologia. “Sem a ajuda da tecnologia, vai ser muito difícil chegarmos no que chamamos de mercado varejista ou pequenos e médios consumidores. Então, a gente precisa trazer cada vez mais soluções para que o cliente consiga fazer tudo sozinho e a migração do mercado livre, por exemplo, ocorra com apenas um clique. Assim, ele pode conseguir acompanhar sua jornada de economia e viabilizar seus benefícios também de forma digital. Um exemplo são os bancos que permitem aberturas de contas, realizar aplicações e resgates sem depender de ninguém. Então, acho que o caminho é diminuir a necessidade de contato do consumidor/cliente com outras pessoas, para que ele mesmo possa definir o que precisa, buscando ter redução no custo e o uso de alternativas sustentáveis”, ressaltou.
Vale destacar que a plataforma online da Lead Energy oferece ao cliente um sistema que decifra a conta de energia e apresenta, como resultado, a quantidade que poderia ser poupada por ano. Ainda que o programa conte com uma estratégia útil para qualquer e todo caso, é preciso realizar uma análise personalizada para entender as melhores saídas, considerando cada ocorrência em particular. “O consumidor precisa ser visto como cliente e para isso, é preciso oferecer um diagnóstico personalizado para cada segmento, considerando um conjunto de métodos e estratégias individuais.”
Para finalizar, o CEO da Lead Energy afirmou que o plano da companhia é receber um aporte de investimento para aumentar o time e conseguir também investir, basicamente, em marketing, vendas e tecnologia. “Esse é o nosso foco, buscamos atuar fortemente nesses três pilares para que a empresa seja cada vez mais escalável e construída com o foco do cliente”, finalizou.