Citando o impacto da alta na taxa de juros, variações no preço dos insumos e dificuldades com epecistas que remontam os efeitos da pandemia, o CFO da Alupar Investimento, José Luiz de Godoy Pereira, disse que vê como incerto o nível de competitividade do leilão de transmissão em 2023, mas afirma que a tendência aponta para que os retornos sejam mais realistas que outrora.

“Acho que vai ter uma série de dificuldades na execução pelo montante de projetos e a maioria das empresas tiveram problemas com a covid e ainda não se recuperaram”, comentou o executivo durante teleconferência da companhia na tarde dessa quinta-feira, 10 de novembro.

Na ocasião, Godoy também falou sobre o excesso de pedidos de outorgas de conexão na agência reguladora para projetos que nem sempre irão ser executados, o que dá margem a especuladores no mercado, sobretudo de energia solar.

“A Aneel deveria aumentar as garantias e agora falou de fazer um leilão para conexões específicas no ano que vem, que deverá ter as garantias necessárias e não essa corrida pelo ouro. Talvez seja uma solução”, conclui.