A Eletrobras prevê encerrar o ano de 2022 com 64 SPEs em sua estrutura. Desde dezembro de 2016 até 2021 a empresa efetuou 103 operações de desinvestimentos que renderam R$ 3 bilhões e a perspectiva para um cenário de curto prazo é de que as operações previstas somem R$ 4,4 bilhões.
A informação foi revelada pelo CEO da companhia, Wilson Ferreira Júnior, em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados do terceiro trimestre de 2022 nesta quinta-feira, 10 de novembro. Ele não revelou quais ativos devem entrar nessa lista de venda, mas citou que são participações não estratégicas em empresas de capital aberto e fechado.
“Depois dessas medidas, a nossa perspectiva é de termos uma operação mais simples e eficiente e com sinergias. Nossa meta é verificar onde podemos criar valor”, disse ele.
O novo planejamento estratégico da empresa deverá ser revelado em março de 2023, quando o conselho de administração da empresa se reunir para aprovar esse ponto. Inclusive, as atividades de desenho da nova Eletrobras acontecem semanalmente.
Entre as atividades estão a avaliação de pontos como a renegociação de dívidas de custo mais elevado e otimização da estrutura de capital. “Nossa meta é a de ser a empresa de menor custo de capital do setor elétrico no Brasil já no primeiro semestre de 2023”, comentou ele. Entre as vendas, a empresa coloca no foco o desinvestimento de térmicas ineficientes e focar em energia renovável.
Para 2023 as ações previstas são 24 operações de descruzamento de atividades com 10 contrapartes, 6 encerramentos de SPEs, 2 incorporações, 23 vendas e outras 13 SPEs sob avaliação. Esse ano a empresa prevê concluir o encerramento de Baguari, a incorportação de TGO e Famosa, bem como a venda de Livramento.