A Renova Energia apresentou prejuízo líquido R$ 17,2 milhões no terceiro trimestre de 2022, uma queda de 61,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já no acumulado até 30 de setembro de 2022, o lucro atingiu os R$ 26,8 milhões, em comparação ao prejuízo de R$ 129,5 milhões no mesmo período do ano anterior.

O CEO da Renova Energia, Daniel Gallo, afirmou durante teleconferência com investidores realizada nesta sexta-feira, 11 de novembro, que a companhia vem cumprindo o prazo de recuperação judicial e apresenta melhoras e novos projetos estão no caminho. “Temos um projeto de geração distribuída que será implementado em dezembro desse ano e janeiro de 2023. Já está em construção para operação no próximo ano. E temos outros projetos ainda para 2023, porém ainda não temos autorização para falar”, disse.

No trimestre, a receita operacional líquida foi de R$ 62,7 milhões, um aumento de 307,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a companhia, o aumento é resultante principalmente da entrada em operação comercial dos parques eólicos.

O Ebitda foi positivo em R$ 47,9 milhões no trimestre em comparação com o resultado de R$ 20,2 milhões no mesmo período do ano anterior, principalmente devido ao impacto da entrada em operação dos parques eólicos do Alto Sertão III. Já o EBITDA ajustado no terceiro trimestre de 2022 foi de R$ 30,6 milhões, excluindo o efeito da multa editalícia que está em discussão com a ANEEL e do ganho na venda de ativos.

Contudo, o resultado financeiro da companhia no terceiro trimestre de 2022 foi negativo em aproximadamente R$ 57,3 milhões, uma melhora de 11,2% em relação ao mesmo período de 2021.

Vale destacar que no trimestre, a companhia concluiu a venda da UPI Cordilheira dos Ventos, transferindo a totalidade das cotas sociais de emissão da controlada Cordilheira dos Ventos Centrais Eólicas LTDA à AES GF1. Conforme determinado no plano de recuperação judicial, os valores obtidos com a transação serão destinados a credores com garantia real, credores quirografários e despesas operacionais da Renova e suas subsidiárias.

Segundo a companhia, a recuperação judicial faz parte da reestruturação e soerguimento do Grupo Renova e tem por objetivo preparar uma base sólida para os próximos anos, com foco na rentabilidade de nossos negócios. Eles estão no cumprimento do estágio 3 do plano de recuperação judicial do Alto Sertão III – Fase A com a entrada em operação comercial de 303,6 MW em setembro de 2022, conforme os prazos estabelecidos. O cumprimento dos estágios 1 e 2 também já haviam sido divulgados pela companhia, em linha com o determinado no plano de recuperação judicial.

Para finalizar, atualmente são 23 parques em operação comercial, com 12 atendendo ao mercado regulado e 11 atendendo ao mercado livre, adicionando 382,2 MW de potência instalada ao sistema nacional, despachados a partir das subestações Pindaí II e Igaporã. Além disso, conta com 16,2 MW em performance e 18,0 MW em operação teste.