A fabricante de pás eólicas Aeris terminou o terceiro trimestre de 2022 com prejuízo líquido de R$ 25,9 milhões. No mesmo trimestre do ano passado, houve lucro de R$ 9,3 milhões. A receita operacional líquida de R$ 625,6 milhões mostra um recuo de 4% m relação ao terceiro trimestre de 2021. O Ebitda da empresa chegou a R$ 64,7 milhões, pouco acima dos R$ 62,6 milhões do ano passado.

Em nove meses, o prejuízo é de R$ 53,2 milhões. No mesmo período em 2021, houve lucro de R$ 51 milhões. A receita líquida chegou a R$ 1,81 bilhão, caindo 4,4%, enquanto o Ebitda subiu 3,4%, indo a R$ 186,2 milhões.

Para 2023, a expectativa é que no primeiro semestre do ano que vem, 95% das entregas da Aeris sejam domésticas. Já no segundo semestre, esse percentual pode cair para 80%. Para 2024, não há como prever o volume de exportação, porque os clientes podem revisar os planos e a chance de aumento de pedidos nos EUA e Europa pode alterar a previsões.

A possibilidade da chinesa Goldwind instalar uma planta no Ceará a transforma em potencial parceira. O local ainda não foi definido pela fabricante, que também conversa com outros estados. “Vemos mais como oportunidade que com risco “, diz o CEO Bruno Vilela. A Aeris negocia contratos para pás offshore, mas as conversas ainda não avançaram. A fábrica da empresa comporta a produção de pás de até 120 metros, possibilitando a fabricação para eólicas no mar, que são maiores que as usuais.

Durante a teleconferência de resultados realizada na minha desta sexta-feira, 11 de novembro, o CEO revelou que a fonte eólica, assim como as outras fontes limpas, está em ascensão no mundo inteiro e o seu preço é um dos mais baratos do mundo. Apesar disso, os fabricantes de turbinas – parte inicial da cadeia de suprimentos – reportaram margens justas e prejuízo, levando a aumento nos preços dos equipamentos. Porém a demanda vai se manter aquecida, porque o preço da eólica continuará baixo. “Vai ter um reequilíbrio natural na cadeia de suprimentos, os fabricantes de turbinas já reajustaram os preços, agora são fornecedores de componentes”, avisa .