A agência de classificação de risco Standard & Poor’s atribuiu rating de crédito brAAA a SPIC Brasil, com perspectiva estável. Para a S&P, o perfil de risco de negócios satisfatório da companhia reflete os fluxos de caixa estáveis e previsíveis de seu principal ativo, a usina hidrelétrica São Simão, com 70% de sua energia assegurada no regime de cotas, reajustada anualmente e revisada a cada cinco anos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

De acordo com a agência, o percentual da tarifa não tem exposição ao risco hidrológico, transferido para as distribuidoras de energia pela Lei 12.783/2013. Os 30% remanescentes ficam disponíveis para o mercado livre, cuja base de cliente é diversificada e sólida.

Segundo o comunicado da S&P, a SPIC Brasil possui uma política conservadora, mantendo uma parcela dos 30% de energia de São Simão descontratada, o que limita a necessidade de se comprar energia no mercado de curto prazo para suprir os contratos existentes. A perspectiva estável no rating reflete a expectativa da agência sobre métricas de crédito mais agressivas por parte da SPIC Brasil, empresa com um plano de investimentos que resultará em expansão de 50% de sua capacidade instalada, adicionando 843,6 MW de capacidade instalada até 2024, com diversificação da base de ativos em fontes eólicas e solares.

A S&P ainda destacou que o grupo reportará métricas de crédito mais alavancadas, com FFO (Funds From Operations) sobre dívida menor que 23% em 2022 e 2023, enquanto realiza seu robusto plano de investimentos. Ao mesmo tempo, esperamos que a SPIC Brasil refinancie a sua dívida de São Simão com vencimento em 2023.

“A análise da S&P Global Ratings dá crédito a qualidade das informações fornecidas pela SPIC Brasil, mostrando uma empresa com boa liquidez, baixo endividamento e com fundamentos para alavancar crescimento através de emissões de dívidas e recursos próprios”, disse o CFO da companhia, Paulo Dutra. Em termos de liquidez é previsto que a SPIC Brasil seja capaz de refinanciar suas dívidas devido ao baixo nível de alavancagem, geração de caixa previsível e estável, histórico positivo de relacionamento com bancos e acesso a mercado de capitais.