O setor hidrelétrico sustentável está no centro de duas novas iniciativas que visam acelerar a transição para energia limpa, ambas anunciadas a última terça-feira, 15 de novembro, na COP27. A IHA, entidade sem fins lucrativos que trata da do desenvolvimento sustentável da fonte hídrica uniu-se à Planning for Climate Commission e à Aliança Global das Renováveis.

Essa primeira organização é um novo fórum global focado em acelerar o planejamento e as aprovações para a implantação massiva de energia hidrelétrica sustentável, outras fontes renováveis ​​e hidrogênio verde, necessários para enfrentar as mudanças climáticas e a segurança energética.

De acordo com o comunicado emitido pela entidade, serão necessários 10,8 TW de capacidade renovável instalada até 2030 para manter a meta de 1,5°C dentro do alcance. E ainda, alcançar a produção de 100 milhões de toneladas de hidrogênio verde. Para substituir o hidrogênio fóssil e descarbonizar tanto a produção de alimentos quanto a indústria pesada até 2030 são necessários 800 GW de energia renovável.

A comissão à qual aderiu reúne diversas entidades, entre elas a Green Hydrogen Organisation, International Hydropower Association, Global Wind Energy Council, Global Solar Council e Long Duration Energy Storage Council. A comissão elaborará um conjunto de recomendações até meados de 2023 e espera-se apresentar suas conclusões à Assembleia Geral da ONU em setembro de 2023.

Já a segunda entidade reúne as principais organizações do setor sobre mudanças climáticas. A aliança também visa posicionar a energia renovável como um pilar do desenvolvimento sustentável e do crescimento econômico, particularmente no hemisfério Sul.

Nova Aliança
Organizações industriais globais que representam as indústrias de energia eólica, solar, hidrelétrica, hidrogênio verde, armazenamento de energia de longa duração e energia geotérmica uniram forças oficialmente sob uma Aliança Global de Renováveis, com a assinatura de um Memorando de Entendimento na COP27.

Essa entidade reúne tecnologias com a meta de garantir a transição energética acelerada, que as metas sejam cumpridas e que haja coordenação entre as ações. E ainda, visa posicionar a energia renovável como um pilar do desenvolvimento sustentável e do crescimento econômico, particularmente no sul global.