A 2W Energia registrou um lucro líquido de R$ 13 milhões no terceiro trimestre de 2022, uma queda de 69% em relação aos R$ 42 milhões registrados no 3T21. Já a receita líquida contábil de R$ 394 milhões, o que representa um aumento de 14% em relação ao trimestre anterior.
O ebitda contábil foi um dos maiores da história da companhia e atingiu R$ 30 milhões no 3T22, corroborando a forte capacidade de geração de resultados recorrentes da 2W por meio de sua comercializadora. O ebitda ajustado, que desconsidera efeitos não recorrentes atingiu R$ 31 milhões. Já o ebitda pró-forma da comercializadora, que desconsidera os efeitos não recorrentes do período e exclui as despesas referentes aos projetos (visando ter uma visão mais clara do que é o nível de ebitda atribuído a atividade de comercialização apenas), se manteve forte totalizando R$34 milhões. Além disso, a empresa tem confortável posição de caixa, suficiente para amortizar as dívidas até 2024.
Diante deste cenário, o resultado financeiro líquido no 3T22 registrou uma despesa líquida de R$ 43 milhões comparado a despesa de R$ 8,4 milhões no 3T21. Segundo a companhia, a variação ocorreu principalmente pela contabilização devido ao aumento em juros sobre empréstimos e financiamentos ocasionado pela alta do certificado de depósito interbancário (CDI) no período.
Já o valor justo na compra e venda de energia apresentou resultado positivo de aproximadamente R$ 59 milhões, levando o resultado da atividade de comercialização de energia para R$ 51 milhões no 3T22. De acordo com a 2W, esse resultado demonstra mais uma vez a forte capacidade de comercialização, com bons e recorrentes resultados vindos de sua comercializadora.
“Tivemos um trimestre histórico para o Brasil, com grandes avanços no setor elétrico. Recebemos, com muito entusiasmo, a publicação da Portaria Normativa Nº 50 do Ministério de Minas e Energia, que abre caminho para que os consumidores das redes de alta tensão optem por adquirir energia no mercado livre a partir de janeiro de 2024. Em termos práticos, trata-se do maior aumento no número de consumidores aptos a migrarem para o mercado livre desde a sua criação, permitindo o ingresso de um grupo adicional de, aproximadamente, 106 mil novos consumidores, livres para consumir energia renovável e a menores preços”, disse o CEO da 2W Energia, Claudio Ribeiro.
No 3T22, a 2W destaca a estabilidade do nível de preços do segmento varejo, principal foco da companhia, que apresentou um aumento de 4% contra o 1T22, reflexo de sua paridade com os preços de energia praticados pelas distribuidoras. Só no varejo, a 2W celebrou 25 novos contratos no período, acumulando 454 contratos nesse segmento. Os novos contratos foram fechados com prazo médio de 6,5 anos, enquanto o prazo médio da carteira de contratos totais está em 7 anos. A empresa continua expandindo a receita contratada em PPAs de energia para clientes do varejo, totalizando R$ 1,1 bilhão no 3T22.
Parques de geração
A 2W registrou importantes avanços na construção dos seus parques de geração. O Projeto Anemus Wind, primeiro parque eólico da companhia, avançou na concretagem de suas bases e plataformas de montagem, entrando em fase final de energização, com linha de transmissão e rede de média tensão também avançadas e em fase final de implantação. O objetivo é entrar em operação ainda neste ano.
A 2W também iniciou as obras do seu segundo parque eólico, o Projeto Kairós Wind, com a abertura de acessos e terraplenagem. Obteve diversas licenças e aprovações regulatórias, dentre elas, o Parecer de Acesso junto à ONS. Além disso, finalizou os processos de compra dos equipamentos da subestação e do bay de conexão do complexo. A expectativa é que esse complexo inicie suas operações em 2023.