A Apolo Renováveis planeja arrendar até o final de 2022 terrenos entre 10 e 20 hectares, em regiões agrícolas nos estados de São Paulo (nas áreas da CPFL Paulista e CPFL Piratinga), em Goiás (nas áreas de concessão da Enelgo), na Bahia (nas áreas de concessão da Coelba) e em Pernambuco (nas áreas de concessão da Celpe) para construção de usinas solares.
Segundo a companhia, a iniciativa tem como alvo contratar áreas que totalizem entre 5 mil e 10 mil hectares até julho de 2023. “Nosso objetivo é construir nos próximos dois anos, no mínimo, 80 usinas que totalizarão 350 MWp”, disse o responsável pela área de desenvolvimento de geração distribuída, Felipe Falcão.
A Apolo Renováveis prevê investimentos de R$ 1,5 bilhão em projetos de Geração Distribuída no médio prazo. Incialmente, os contratos de arrendamento a serem fechados nessa iniciativa, até o final de dezembro de 2022, preveem a construção usinas na modalidade de geração distribuída cujas potências podem ser de 3,25 MWp ou 6,5 MWp. Elas serão conectadas em média tensão, isto é, usarão a rede da concessionária de energia local para distribuição da energia. A empresa já está à frente da implantação de 40 usinas de geração solar de geração distribuída em pelo Brasil, as quais serão entregues entre 2023 e 2024.
Felipe Falcão destacou que os interessados em arrendar suas terras devem encaminhar suas propostas até o final do ano no site da empresa, onde encaminharão uma documentação básica para que a primeira triagem possa ser feita. Há outras etapas previstas antes que o contrato entre as partes possa ser fechado. Elas abrangem desde estudos de viabilidade do projeto, consultas à distribuidora local, pareceres técnicos, à emissão de licenças ambientais, municipais, estaduais. Durante o período inicial de estudos, o proprietário pode manter o uso da terra para suas culturas tradicionais. Ou seja, pode manter a terra produzindo normalmente. “Todo esse processo pode levar até 22 meses”, calcula ele.
Vale destacar que os terrenos que a Apolo Renováveis busca devem ser planos e estarem, preferencialmente, a 5 quilômetros de uma subestação de energia, para viabilizar o escoamento da energia produzida e disporem de estradas rurais para facilitar o seu acesso, detalha Falcão. Não podem ser cortados por riachos, lagos, brejos ou nascentes. Tampouco podem estar em áreas de preservação ambiental, ou que sejam alvo de disputas na Justiça. “Buscamos terras que, preferencialmente, já tenham sido cultivadas ou tenham sido utilizadas para pastos”, conta. A boa notícia é que, por serem destinadas à geração de energia solar fotovoltaica, podem ser terras que não sejam atraentes para a atividade agrícola, a exemplo das que sofreram queimadas, ou que se encontrem em biomas mais desafiadores como a caatinga ou o semiárido.