Apesar da decisão de vender a Enel Ceará (CE), a italiana Enel sinaliza não arrefecer os investimentos no país. Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 22 de novembro, o CEO Francesco Starace revelou que os investimentos em geração renovável e redes continuam. Segundo ele, na distribuição, a companhia optou por apostar nos investimentos no Rio de Janeiro e em São Paulo, por ser onde estão as maiores capacidades de digitalização e eletrificação, além da criação de valor. “Essa é a razão pela qual vendemos Goiás e porque agora estamos planejando também uma saída do Ceará”, explica.
Este ano, a Enel já havia vendido a concessão de Goiás para a Equatorial Energia por R$ 1,57 bilhão. Com a venda e a intenção de deixar o Ceará, restam a Enel São Paulo – antiga Eletropaulo, que atua na capital paulista e no entorno, e a Enel Rio, que atende parte da região metropolitana e o interior fluminense.
Classificando o Brasil como um continente, Starace acredita que a Enel é capaz de fornecer energia renovável para a indústria e os consumidores. “Temos um enorme pipeline e vamos continuar investindo no Brasil”, promete. Ele acredita que o país vai precisar de energia adicional para balancear a energia hídrica e dar mais segurança ao sistema. “Diversificar mais com solar e eólica, é o que vamos fazer nos próximos anos”, avisa.
A Enel também decidiu sair de outros países da América do Sul, como Peru, Argentina e Romênia, onde atuava na distribuição e geração de energia. De acordo com Starace, a saída se deu por enxergar que o potencial de crescimento nessas regiões seria menor que em outros mercados. Já na Colômbia, que assim como o Brasil é um dos seis países que a Enel vai centrar investimentos, o foco estará nas renováveis e nos negócios que as tecnologias da subsidiária Enel X colombiana poderão propiciar. Os demais países são Itália, Espanha, Chile e Estados Unidos.