A carga de energia verificada no Sistema Interligado Nacional em outubro subiu 1,9% na comparação ao mesmo mês do ano passado e 2,5% acima de setembro desse ano, informa o último boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No acumulado dos últimos 12 meses a variação positiva é de 0,7%. Desaceleração contínua, aumento de nível de estoques e dificuldades na obtenção de insumos impactaram o segmento industrial, enquanto os comércios tiveram baixa após dois meses de crescimento.

Apesar do tempo mais ameno durante o mês, as temperaturas foram superiores às observadas no mesmo período do ano anterior, quando ocorreram condições anômalas para aquela época do ano, principalmente nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, contribuindo negativamente para o resultado da carga verificada naquele mês. A variação positiva de 1,2% na carga ajustada corrobora essa afirmação, indicando que os fatores fortuitos tiveram influência positiva de 0,7% no crescimento da carga no mês.

No subsistema SE/CO, a carga teve aumento de 3% na comparação anual e de 3,2% em relação a setembro. No acumulado dos últimos 12 meses variação negativa de 0,7%. Entre os fatores, temperaturas inferiores às esperadas para esta época do ano, provocadas pelo avanço de frentes frias. A alta de 1,7% na carga ajustada indica que os fatores fortuitos tiveram influência positiva de 1,3% no crescimento em outubro.

Na região Sul, a carga diminuiu 1% em relação a 2021 e 0,1% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano crescimento de 0,9%. A dinâmica para subsistema Sul foi impactada principalmente pelo declínio das temperaturas em decorrência das passagens de frentes frias. A carga ajustada apresentou variação negativa de 1,1% no mês.

O Nordeste também apresentou variação negativa, de 2,4% na relação anual e alta de 4% frente a setembro. No acumulado dos últimos 12 meses recuo de 0,8%. Apesar do calor, a diminuição das perdas em função da redução do intercâmbio contribuiu para o comportamento da demanda. A carga ajustada apresentou variação negativa de 2,2%, demonstrando que os fatores fortuitos como temperatura e precipitação tiveram impacto negativo de apenas 0,2% sobre a dinâmica da carga.

Por fim, o subsistema Norte apresentou um salto de 8,7% na carga de energia verificada no mês, ficando estável em relação ao período anterior. No acumulado do ano incremento de 3,2%. A elevada taxa para o submercado é reflexo da retomada de carga de grandes consumidores livres da rede básica. A carga ajustada teve variação positiva de 8,8%.