O Cepel iniciou o processo de modernização de seu Laboratório de Alta Potência (LabAP), localizado na Unidade Adrianópolis (RJ). A iniciativa tem por objetivo tornar a operação do laboratório mais eficiente, com maior nível de automação e novos espaços e funcionalidades nas instalações, trazendo benefícios para os ensaios realizados na unidade.

Serão dez semanas de trabalho. Até janeiro serão realizadas ações como troca de disjuntores de Alta Tensão, modernização das salas de controle e atualização tecnológica da automação, supervisão, controle e monitoramento operacional. No total estão sendo investidos cerca de R$ 3,5 milhões em obras e novos equipamentos.

Uma das principais soluções desenvolvidas pelo Centro para o setor elétrico nacional, o Sistema Aberto de Gerenciamento de Energia (SAGE) – sistema SCADA/EMS robusto, modular e expansível – será pioneiramente implantado para operação de um laboratório de ensaios de potência como o LabAP e da subestação de 138 kV de Furnas, em Adrianópolis, que alimenta os laboratórios do Cepel. Esta será uma das principais ações de modernização da automação e do controle da unidade.

Outra frente é o sistema de automação existente para operação durante os ensaios, que será ampliado. As mesas de controle, com cerca de 40 anos de uso, serão substituídas e novos vídeo-walls instalados para visualização de diagramas e sinalização sobre a operação das áreas de ensaio.

Também haverá a instalação de monitoramento nos sistemas hidráulicos na área de ensaio de alta corrente e a implantação de regime de redundância e rede entre os controles das áreas de ensaio, dando maior confiabilidade e segurança à operação do laboratório integrado.

Salas de Controle e Áreas de Ensaio

Outro destaque do projeto é a remodelagem das salas de controle e de clientes, possibilitando maior sinergia entre as equipes de ensaios a partir de um novo ambiente aberto e compartilhado, e das empresas parceiras que utilizam o LabAP para ensaios de homologação e desenvolvimento de equipamentos elétricos de potência. O acompanhamento dos ensaios poderá ser feito a partir de uma nova sala de clientes, em telões modernos e com um nível de segurança ainda mais elevado.

Para a geração das imagens, as áreas de ensaio contarão com novas câmeras, que terão recursos mais modernos para acompanhamento remoto. Também serão instalados equipamentos para monitoramento dos disjuntores de alta tensão e da sala de parâmetros de alta potência, além de sistema de controle de acesso em todas as entradas.

As áreas de ensaio também receberão melhorias em eficiência energética e segurança, com novas luminárias e lâmpadas com tecnologia LED, além de um sistema de última geração para detecção e combate a incêndio.

Novos Disjuntores na SE do LabAP com Tecnologia a Vácuo

Para aumentar a confiabilidade durante os ensaios e reduzir as paradas para manutenção, os disjuntores atuais da subestação de alta potência, já obsoletos e com mais de 40 anos de operação, serão substituídos por modelos com tecnologia a vácuo, mais seguros e confiáveis do que os anteriores.

O projeto da instalação dos novos equipamentos prevê que seja nos mesmos locais dos antigos, o que reduzirá os custos e o tempo requeridos para a própria instalação, bem como para as necessárias manutenções, que são mais comuns nestes disjuntores, por terem um regime de operação diferenciado em relação a disjuntores utilizados em subestações não laboratoriais como esta do Cepel.

Unidade de Adrianópolis

De acordo com o Cepel, o Laboratório de Alta Potência do Cepel, oferece as mais elevadas potências de curto-circuito na América do Sul para a realização de ensaios em equipamentos de alta tensão, como disjuntores, cadeias de isoladores, cubículos, transformadores e reatores.

Com capacidade nominal de 1050 MVA para ensaios com duração de até um segundo, a operação do laboratório condiciona-se às normas operativas do sistema elétrico interligado brasileiro. Pelos níveis atuais de potência de curto-circuito disponíveis, é permitido ao Centro utilizar até 750 MVA trifásicos durante 0,3 segundo, o que tem sido suficiente para atender 95% dos casos de ensaios de potência demandados no Brasil.