O consumo consolidado de energia elétrica nas áreas de concessão do Grupo Energisa chegou a 3.213,1 GWh em outubro, queda de 1,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, informa o último boletim da companhia. No mês, as classes que mais contribuíram para o resultado foram a rural e residencial, representando mais 70% da redução. Aumento da utilização de geração distribuída, menor volume de energia recuperada, clima com chuvas acima da média e menor calendário de faturamento na concessionária do Mato Grosso estão entre os principais impactos.
Sete de 11 distribuidoras apresentaram recuo na demanda por energia, com destaque para a queda de 9,4% no Mato Grosso do Sul, 4,5% na Sul-Sudeste e 2,1% no Mato Grosso. A classe rural computou o maior decréscimo do mês, com 8,6%, influenciada pelos negócios citados acima, além da concessão na Paraíba. O resultado no campo foi puxado principalmente pelo clima mais chuvoso, aumento de geração distribuída e REN 901 (expurgando o efeito da resolução a queda da classe rural seria -3,3%).
A classe residencial registrou diminuição de 2,4% no consumo, com as maiores quedas na EMS, EMT e EPB. O resultado é explicado pelo calendário menor de faturamento (-0,3 dia), aumento de GD, menor volume de energia recuperada e clima. Já os comércios recuaram a demanda em 3,5%, com as mesmas distribuidoras já citadas impactando o resultado, com clima e GD também pesando na análise.
A classe outros, por sua vez, apresentou aumento de 1,9% no consumo, direcionado pelas concessões de Rondônia, que subiu 10,1%, Tocantins, com 12,6% e Paraíba, perfazendo 5,7%. Entre os destaques do segmento, a publicação cita a educação pública, o poder judiciário e o funcionalismo.
Por fim, a classe industrial registrou alta de 3,1%, puxada por mineração e produtos alimentícios no Mato Grosso (3,5%), alimentícios e minerais não metálicos no Tocantins (18%) e alimentícios, papel e peças para veículos na Sul-Sudeste (5,5%).
Acumulado nos primeiros dez meses
No acumulado do ano, o consumo de energia consolidado do grupo apresenta incremento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2021. Os meses de Março, Maio e Agosto tiveram as principais altas com clima quente no Centro-Oeste e base baixa de comparação.
A classe comercial e consumo de energia do poder público puxaram 54% do incremento no resultado acumulado, com 4,3% e 18,8% respectivamente. Nos primeiros dez meses, oito distribuidoras apresentaram alta, com destaque para alta de 2,5% no Mato Grosso, 6,5% em Rondônia e 5,1% no Tocantins.