As tarifas da Equatorial Amapá (antiga CEA) aumentaram em média 36,08% nesta terça-feira 13 de dezembro. O resultado do reajuste anual aprovado pela Agencia Nacional de Energia Elétrica é bem superior ao das demais concessionárias de distribuição do país, atingindo uma média de 33,29% na baixa tensão e de 44,87% na alta tensão.

O resultado reflete o retorno à tarifa de custos que tinham sido retirados no reajuste tarifário de 2021, e que retornam como componentes financeiros. Também contribuíram para aumento os gastos com compra de energia e encargos setoriais.

Segundo a Aneel, mesmo com o reajuste, a tarifa da CEA é a segunda mais baixa da Região Norte. Em 2020, as tarifas foram reduzidas em média em 4,12%, e em 2021 o aumento médio ficou em 4,80% em razão do diferimento de custos para atenuar os efeitos da escassez hídrica.

No processo atual, o repasse de créditos tributários do PIS e da Cofins permitiu um abatimento do reajuste de 7,50%, enquanto o aporte da Eletrobras na Conta de Desenvolvimento Energético atenuou o impacto tarifário em 2,63%.

A agência afirma que se o governo do estado regulamentar a mudança na base de cálculo do ICMS sobre energia elétrica, prevista na Lei Complementar 194, o consumidor pode perceber uma redução média de 10,3% na conta de luz. A distribuidora atende cerca de 191 mil unidades consumidoras no Amapá.