O Brasil alcançou a marca de 16 gigawatts de capacidade em geração própria de energia elétrica. O resultado, puxado pela energia solar, conta também com a evolução de fontes complementares, como o biogás, a biomassa, a energia eólica, a energia movida a potencial hidráulico e a cogeração a gás natural.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Guilherme Chrispim, a GD se consolidou ao longo de 2022 como a modalidade de energia que mais cresce no Brasil. “A geração distribuída deve terminar o ano com praticamente o dobro da capacidade que tinha em janeiro. Definitivamente, 2022 é o ano da geração própria de energia elétrica – uma alternativa acessível, limpa e renovável”, disse Chrispim.

Além disso, a quantidade de consumidores que geram sua própria energia no Brasil ultrapassou 1,5 milhão de usinas de microgeração e minigeração distribuídas pelo País e deve, nos próximos dias, chegar a 2 milhões de unidades consumidoras (UC’s) que utilizam a geração distribuída no país. Cada UC representa a casa de uma família, um estabelecimento comercial ou outro imóvel abastecido por micro ou mini usinas, todas elas utilizando fontes renováveis. Entre os cerca de 2 milhões de consumidores beneficiados, a maioria (47,9%) dos projetos é do grupo residencial, seguido pelo consumo comercial (29,1%), rural (14,5%) e industrial (6,9%).

Vale destacar que a geração própria de energia ajudou a colocar a fonte solar na terceira posição da matriz elétrica nacional: cerca de 2/3 da potência dessa fonte vem da geração distribuída, em telhados ou projetos de minigeração, contra 1/3 de geração centralizada (as fazendas solares de grande porte). A expectativa é de que a GD cresça mais 0,5 GW de capacidade na fonte solar ainda em 2022, empurrando-a para o segundo lugar na matriz. Projetos de geração de energia para consumo próprio a partir do biogás ou da biomassa também vêm crescendo e apresentam grande potencial – especialmente no interior do Brasil.