As empresas que comercializam energia no mercado livre começam já em 2023 o desafio de oferecer produtos atrativos para cerca de 106 mil novos consumidores – empresas de pequeno e médio portes como dos setores do comércio e da indústria. Esse movimento deve-se à Portaria 50 do MME que abriu o ACL à alta tensão a partir de janeiro de 2024.
De acordo com o vice-presidente Institucional e regulatório do Grupo Delta Energia, Luiz Fernando Leone Vianna, ao que tudo indica, há um espaço de ampliar em 350% a atual carteira de clientes do ACL, considerando os atuais 30 mil usuários, ou 0,03% dos consumidores de todo o Brasil. Para o executivo, o ano que vem será intenso e de aprendizados para as empresas deste segmento.
O executivo avalia que é preciso estar preparado para receber este consumidor porque ele escolherá o fornecedor que apresentar melhores preços, facilidades e benefícios. Ele estima ainda que mais à frente deverá ocorrer a migração de 40% dos cerca de 89 milhões de consumidores do País para o mercado livre a partir da liberalização da baixa tensão, tema este em discussão na CP 137/2022 do MME.
Vale destacar que atualmente, o mercado livre de energia atende a grandes consumidores, com demanda mínima de 500 kW, e ainda, que o projeto de lei 414/2022, aprovado pelo Senado Federal está previsto para entrar em votação na Câmara dos Deputados em 2023, um PL que permitiria a todos consumidores comerciais e industriais independente da demanda passem a ser livres a partir de 2026, e os residenciais a partir de 2028 em linha com o que a CP 137 do MME apontou.