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A asset owner de energia renovável Orion-E está lançando um fundo de investimento em participação (FIP) superior a R$ 1 bilhão para realização do Projeto Três Marias, que possui um viés de energia social aliado à agricultura familiar e remuneração de capital. O objetivo é captar cerca de R$ 4,3 bilhões restantes para a execução da primeira fase dos empreendimentos de geração distribuída, com foco em empresas que buscam as metas de Escopo 3 de mitigação de dióxido de carbono (CO2).

Hugo Albuquerque, que assume em janeiro de 2023 como CEO da companhia, estimou à Agência CanalEnergia que esse, possivelmente, é o único projeto brasileiro de energia solar que reúne todos os requisitos ESG, tornando-se exatamente aquilo que as companhias mais buscam atualmente no mercado. “Reuso de água, energia social, segurança alimentar, redução de desigualdades, mitigação de CO2 e comprimento do Escopo 3”, relata o executivo.

A iniciativa tem alcance construtivo de 50 mil usinas de microgeração a serem instaladas em propriedades rurais em todo o Brasil pelos próximos quatro anos. O aporte planificado é de R$ 5,4 bilhões para até 10 mil usinas a serem finalizadas até final de 2023. Ele reforça o fato de que o projeto incorpora 6 dos 17 ODS’s da ONU, além dos princípios ESG mencionados acima. Assim serão 12.500 plantas por ano, 1% da base instalada atual.

Companhia almeja chegar a 2 GW nos próximos 3 anos em geração distribuída e centralizada (Orion-E)

O público-alvo é de aproximadamente 3,9 milhões de famílias que produzem cerca de 23% de toda produção agropecuária brasileira, mas que sobrevivem com renda mensal de 1 a 1,5 salário-mínimo. “O objetivo é arrendar uma fatia da terra, cerca de 10% do proprietário e pagar um valor de R$ 600 a R$ 1 mil para elevar a renda do produtor familiar em cerca de 30%, pensando em famílias cuja renda fica em cerca de R$ 2,5 mil mensais”, complementa Albuquerque.

Megawatt validado

Com 6 MWp atuais de capacidade instalada, a Orion-E mira 2 GW solares até 2025, num investimento estimado em R$ 8 bilhões com diferentes fases e projetos. Outra novidade é que a empresa criou uma metodologia com o objetivo de garantir segurança e mitigar riscos aos investidores.

Em parceria com a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), o projeto Megawatt Validado funciona como um selo com quatro tipos de validação, que vai desde o parecer de acesso, passado por questões fundiárias e ambientais até a verificação de contratos (EPC, performance bond, arrendamento da usina, reciclagem, entre outros) e modelagem financeira de um ativo fotovoltaico. A ideia é trazer maior transparência e certificação para um padrão de confiabilidade na GD, afastando especuladores de mercado.