O Brasil consumiu 64.877 MW médios de energia elétrica em novembro, diminuindo 1,2% em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado. O mercado livre cresceu 2,2%, mas não foi suficiente para compensar a queda de 3,1% do ambiente regulado. Os dados integram o Boletim InfoMercado Quinzenal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Desconsiderando o efeito das migrações entre os segmentos, o mercado regulado teria apresentado uma retração mais suave, de 1,6%, enquanto o ambiente livre teria invertido sua posição de crescimento, com uma queda de 0,4% no resultado. A indústria têxtil, comércios e o ramo de minerais não-metálicos foram os principais impactados por uma menor demanda por eletricidade. Caso não houvesse a micro e minigeração distribuída, o mercado das distribuidoras teria recuado apenas 0,1%.
Em novembro, a região Norte e parte do Centro-Oeste registraram altas, além do Maranhão, que teve o maior crescimento, de 28%, seguido por Rondônia 15% e Amazonas com 8%. Enquanto isso, o Sul, uma parte da região central e quase todos os estados do Sudeste e do Nordeste tiveram queda. As maiores baixas foram observadas em Pernambuco e Mato Grosso do Sul, ambos com declínio de cerca de 9%, seguidos pelo Paraná com 7%.
Quanto aos recursos para geração, as hidrelétricas chegaram ao final do período seco e início do ciclo chuvoso com aumento de 20,2% na produção de energia no comparativo com novembro de 2021. Enquanto isso, o uso das térmicas caiu 58,4%. E mais uma vez o período foi favorável para a produção das renováveis, com avanço de 47,7% das fazendas solares fotovoltaicas e de 1% dos parques eólicos.
Exportação
Outro dado reportado pela CCEE é que o país exportou 368 MW médios de energia elétrica para a Argentina. Pela contabilização do setor, a venda de excedentes para países vizinhos é registrada como um “consumo” no segmento de Serviços. Levando em consideração esse efeito, o volume consumido no Sistema Interligado Nacional (SIN) teria caído 0,6% frente ao mesmo mês do ano passado.