A cara do terceiro mandato do governo Lula está definida. O presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva anunciou em pronunciamento agora há pouco os nomes dos últimos ministros. O escolhido para o ministério de Minas e Energia é o senador em fim de mandato Alexandre Silveira. Ele assumirá a pasta a partir de 2 de janeiro de 2023 e está na cota do PSD e está na base de apoio do novo governo que o Brasil terá a partir do próximo domingo.
Silveira tem 52 anos é advogado e seu mandato no Senado pelo estado de Minas Gerais se encerra em 2023. Ele é natural de Belo Horizonte. Em 1997, diz em seu currículo, prestou concurso público no Estado para o cargo de delegado de Polícia e em 1998 assumiu a posição no município de Antônio Dias.
Sua primeira experiência político-eleitoral ocorreu em 2002, quando foi convidado pelo então vice-presidente, José Alencar, a disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados. E em 2004 começou a trabalhar no primeiro mandato de Lula, posição que voltará a exercer.
Ficou na Câmara dos Deputados até 2014, quando foi secretário estadual de saúde e assumiu a direção de seu partido, o PSD no estado. No senado sua passagem foi de apenas um ano, entrou em fevereiro de 2022 no lugar de Antonio Anastasia, do mesmo partido, que renunciou para assumir uma cadeira de ministro no Tribunal de Contas da União e era cotado para atuar como líder do governo Bolsonaro na casa, fato que não ocorreu, pois a posição ficou com o Senador Carlos Portinho (PL-RJ).
O futuro ministro estava cotado para o cargo desde a eleição de Lula. A alocação de parlamentares que estavam na disputa pelo MME em outros ministérios fez com que essa possibilidade estivesse cada vez mais próxima, conforme analisou o cientista político, Leandro Gabiati ao CanalEnergia Live de quarta-feira, 28 de dezembro.
Segundo Gabiati, embora não tenha o perfil desejável de alguém com conhecimento técnico do setor de energia, mostra poder de articulação e de diálogo com todas as legendas. Para ele, essa dificuldade pode ser facilmente superada com a nomeação de um secretário executivo que tenha formação técnica. Pesou a favor também o fato de que Silveira foi o relator da PEC da Transição no Senado.
Em sua despedida do Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, afirmou que o colega teve papel destacado no curto mandato, “sobretudo na defesa das questões do estado de Minas Gerais”. Silveira coordenou as campanhas de Anastasia e de Rodrigo Pacheco em 2018. Depois, foi diretor no Senado.