O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 2,1% em novembro em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados são da Resenha Mensal publicada pela Empresa de Pesquisa Energética. A alta veio puxada pela classe residencial, que registrou subida de 4,7%. Em seguida veio a classe comercial, que subiu 3,2%, enquanto a indústria, com variação de 0,1%  se manteve estável. De acordo com a EPE, no acumulado em 12 meses o consumo teve aumento de 1,3% em comparação ao período anterior. Por ambiente de contratação, o livre apresentou crescimento de 3,2%, enquanto no cativo expandiu 1,5%.

No segmento residencial, o aumento pode ter sido influenciado pelo clima mais seco e pelas geadas no Sul. Todas as regiões registraram melhora. Na região Nordeste, o crescimento ficou em 5,2%;  no Centro-Oeste, em 5%; no Sudeste, 4,9%, no Norte 4,3%  e no Sul a alta chegou a 3,1%. O consumo nos estados do Maranhão e Pará foi impactado de forma positiva por programas de redução de perdas aplicados pelas distribuidoras locais. Amapá, Mato Grosso do Sul, Roraima e Rio Grande do Norte foram os únicos estados em que houve retração.

A classe comercial teve elevação de 3,2% em relação ao novembro do ano passado. O bom desempenho do setor de serviços e, em menor grau, do setor de vendas no varejo influenciaram na variação. Com exceção do Nordeste, com queda de 1%, as  demais regiões tiveram desempenho positivo. O Norte teve aumento de 5,3%; o Sudeste teve alta de 5%; o Centro-Oeste, subida de 4,5% e o Sul variação de em 0,5%. Entre as Unidades da Federação, os maiores destaques na expansão no mês foram: Mato Grosso do Sul, com aumento de 18,2% e o Tocantins, com crescimento de 9,3%. Dentre os que tiveram taxas negativas estão Maranhão, com retração de 11,3% e Amapá, com queda de 8,4%,

Na Industrial, que se manteve estável, a expansão do consumo no  Nordeste, com alta de 9,2% e Norte, com variação de 4,8%, justificaram esse quadro, uma vez que Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram quedas de 2,3%, 2% e 0,8%, respectivamente. Seis dos dez ramos mais eletrointensivos da indústria apresentaram crescente nos resultados . Metalurgia liderou, com subida no Maranhão e Pará. Mas a queda na produção nacional atenuou a performance nessa classe. Ainda se destacaram a fabricação de produtos alimentícios e a de produtos de borracha e material plástico.

Por outro lado, as maiores quedas, entre os mais eletrointensivos da indústria são da  fabricação de papel e celulose, com 3,1% e na fabricação de produtos minerais não-metálicos, com 2,6%