O Boletim Mensal de Energia de outubro de 2022 publicado na tarde desta sexta-feira pelo Ministério de Minas e Energia aponta que o crescimento da energia renovável se manteve durante o ano. Houve aumento da geração de energia por fonte hidráulica, solar e eólica. A oferta de energia hidráulica nacional, avançou mais de 16% na comparação com 2021. O aumento é decorrente da melhora dos índices pluviométricos deste ano que, aliados às estratégias adotadas na gestão da escassez hídrica de 2021, possibilitaram maiores níveis de armazenamento dos reservatórios e melhor gestão dos recursos hídricos.

Na geração solar e eólica, a previsão é de um aumento de mais de 70% e 12%, respectivamente. A expansão da geração solar está relacionado com o aumento previsto de mais de 80% da capacidade instalada de geração distribuída em 2022. O  percentual representa um avanço de mais de 8 GW.  A capacidade instalada dessa fonte na modalidade centralizada também teve forte crescimento, aumentando mais de 50% no ano, podendo alcançar mais de 7 GW. Foi verificada ainda uma forte queda na geração térmica a carvão mineral e a gás natural no ano, de mais de 50% em cada uma.

Houve também uma perspectiva de melhora na renovabilidade das matrizes energética e elétrica. O boletim estima que 47,3% da matriz energética será composta por fontes renováveis. Em 2021, esse percentual era de 44,7%. Na matriz elétrica, essa participação agora é de mais de 86%, contra os 78,1% de 2021.

Todas as três tarifas (residencial, comercial e industrial) também apresentaram queda em relação ao mesmo mês do ano anterior, pelo quarto mês consecutivo. As quedas foram de 20,6% para o setor residencial, de 19,5% para o setor comercial e de 20,3% para o setor industrial.

No entanto, no acumulado dos meses, em comparação aos de 2021, o sinal é invertido, houve aumento para os três setores de 1,9%, 5,4% e 5,9% respectivamente. O Consumo Final Energético está previsto crescer mais de 2%. Já a Oferta Interna de Energia poderá recuar 0,4%, devido a uma menor geração das usinas termelétricas, que possuem maiores perdas energéticas relacionadas.