Várias associações e entidades do setor repudiaram os ataques às sedes dos três poderes na tarde do último domingo, 8 de janeiro, causados por grupos bolsonaristas extremistas, chamados pelos representantes e autoridades de terroristas. As invasões deixaram um rastro de vandalismo, destruição, roubo e dilapidação do patrimônio público. O pedido de punição aos envolvidos foi constante nas manifestações.

Em carta ao ministro da Justiça Flavio Dino, o Fórum de Associações do Setor Elétrico classificou o acontecido como afronta ao estado democrático de direito, à ordem Constitucional e à segurança pública. “Manifestações são legítimas e fazem parte da democracia, mas não podem colocar em risco a segurança e o estado democrático de direito”, diz a carta. O fórum acredita que os atos devem ser apurados e os responsáveis punidos na forma da lei.

A Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias, novo nome da ABEEólica, espera que seja conduzida uma ampla apuração com a consequente punição dos responsáveis por realizar e financiar os ataques. “A gravidade dos atos contra nossa democracia não pode ser esquecida de forma alguma e exige uma resposta rápida e eficiente. Nossa sociedade tem enormes desafios para serem enfrentados nos próximos meses e anos e nós precisamos de um ambiente seguro e de diálogo, em que consensos possam ser construídos de forma pacífica e com total respeito às instituições democráticas’, disse a associação em nota.

A Associação Brasileira das Companhias de Energia foi mais uma a repudiar a invasão e ressaltou que manifestações legítimas não atentam contra o Estado Democrático de Direito. A ABCE também pediu a identificação e responsabilização dos envolvidos na forma da lei.

Para a União da Indústria de Cana de Açúcar, as questões políticas devem ser manifestadas pelo voto e pelos canais republicanos, mas nunca através da força e da incivilidade. Segundo a associação, neste momento, o Brasil precisa de comprometimento do seu povo e de todos os setores da economia para garantia da estabilidade do país e o seu bem comum. A Unica destacou ainda que não foi danificado apenas o patrimônio do povo brasileiro, mas também a sua alma.

O Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás também repudiou os atos do domingo, lembrando que as discordâncias não podem transcender para o vandalismo, desrespeito às instituições, ao Estado Democrático de Direito e destruição do patrimônio público.  Já o Instituto E+ de Transição Energética, Não há desenvolvimento social e econômico ou futuro brilhante e sustentável se a democracia e o diálogo não prevalecerem. De acordo com o Think Tank, a democracia precisa ser preservada e a sociedade brasileira respeitada, sendo imperativo uma repulsa contundente para que seja debelada qualquer futura afronta ao Estado Democrático de Direito.

A Universidade Federal de Itajubá, berço de uma importante parcela de profissionais do setor elétrico nacional, lembrou que o respeito às instituições públicas e à Constituição Federal é obrigação de qualquer cidadão brasileiro. A Unifei, defende a democracia e a Constituição Federal e acredita na responsabilização legal dos envolvidos com a depredação do patrimônio público.

A Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia revelou estar atenta e junta com as autoridades monitorando a situação das refinarias e distribuidoras, para que não aconteça nenhum risco de desabastecimento. O presidente da frente, Senador Jean Paul Prates (PT-RN), segue firme e atento a todas essas questões. “O Brasil precisa avançar e reconstruir, não se trata de posição política-ideológica, mas sim de defesa da nossa liberdade e democracia”, afirmou o grupo parlamentar.

Para outro fórum, mas de Dirigentes de Agências Reguladoras Federais – a invasão e depredação foram inaceitáveis e configuram total desrespeito à democracia e às instituições brasileiras. “É preciso que haja responsabilização e que tais agentes sejam punidos com rigor, de forma que não ocorram mais ações como essas, que afrontam gravemente o Estado Democrático de Direito”, manifestou-se o fórum.