A CEEE Equatorial registrou um prejuízo de aproximadamente R$ 7 milhões com o furto de 110 toneladas de cabos da concessão gaúcha ao longo de 2022. A companhia informou ter identificado 6.875 casos em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul. Entre as cidades mais impactadas estão Rio Grande, no litoral Sul, a capital Porto Alegre, além das praias de Tramandaí, Capão da Canoa e Pinhal, no litoral Norte.

Em geral, os cabos são retirados para a extração do cobre, produto comumente vendido em ferros-velhos. No ano anterior foram 51,5 toneladas furtadas, representando prejuízo aproximado de R$ 5 milhões. De acordo com a companhia, a prática em Porto Alegre caracteriza-se pelo furto pequeno, de cerca de 30 m a 40 m de cobre. Em 2022 foram 2.381 ocorrências na capital, resultando em 71,4 km de cabos furtados ou 26 toneladas do produto, com prejuízo de aproximadamente R$ 1,7 milhão e afetando 900 mil clientes. Este número só é superado por Rio Grande, que chega a 2.731 casos.

Mapa mostra áreas com maior quantidade de furtos de cabos na concessão gaúcha em 2022 (CEEE Equatorial)

Já no litoral norte os furtos são maiores, com subtração de até três ou quatro km de cabos por ocorrência e cinco casos por dia, em média. No ano passado as equipes flagraram 1.763 ocorrências na região, com um total de 145 km de cabos furtados ou 53,7 toneladas do produto e prejuízo de cerca de R$ 3,35 milhões afetando 345 mil consumidores.

Além dos balneários referidos anteriormente, São José do Norte, Tavares, Mostardas, Osório e Arroio do Sal também integram os municípios com mais casos no litoral. São impactos de até 60% na Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) e na Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC). Ao mesmo tempo, a empresa ressaltou que vem substituindo os cabos de cobre pelos de alumínio, produto menos procurado no mercado, tendo já efetuado a troca em 150 km no ano que passou.