Os consumidores de energia elétrica pagaram R$ 31,3 bilhões em subsídios em 2022, valor 15% maior do que o registrado em 2021. Na comparação com 2018, o aumento do montante pago disparou e ficou 66,5% mais elevado. Os dados são do “subsidiômetro” da Agência Nacional de Energia Elétrica.
A ferramenta digital criada pelo órgão regulador mostra ainda que nos 11 primeiros dias de janeiro desse ano o valor acumulado já é de R$ 227,8 milhões, sendo boa parte dele (R$R 172,5 milhões) em descontos de fontes incentivadas.
Os subsídios pagos na conta de energia vem em trajetória crescente ao longo do tempo. Nos últimos cinco anos, passaram de R$ 18,78 bilhões, valor registrado em 2018, para R$20,93 bilhões de 2019, saltando para R$ 23,51 bilhões no ano seguinte, R$27,22 bilhões em 2021, até atingir os R$ 31,28 bilhões em 2022.
Para 2023, a proposta de orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético prevê R$ 33,4 bilhões. Como as fontes de receita são insuficientes para cobrir as despesas, os consumidores deverão pagar quase R$ 29 bilhões em cotas mensais até dezembro. Para os que estão no mercado cativo, há um valor adicional de R$ 702 milhões do novo encargo que vai subsidiar a micro e minigeração distribuída.
Custos de 2022
A Conta de Consumo de Combustíveis se manteve no topo das despesas da CDE no ano passado, com R$11,1 bilhões para custear térmicas fósseis ou para reembolsar investimentos em obras de substituição desse tipo de usina.
Na linha descontos tarifários para fonte incentivada, também crescentes, os valores atingiram R$ 7,9 bilhões, sendo R$ 5,9 bilhões destinados a consumidores, R$1,4 bilhão para consumidores e geradores conectados à Rede Básica e R$ 645 milhões para empreendimentos de geração.
Os descontos na tarifa social de energia elétrica somaram R$ 4,2 bilhões da tarifa social. A diferença em relação a outros subsídios é que ela atende milhões de famílias carentes. Já os programas de universalização do acesso à energia elétrica, outra política pública que também atinge comunidades carentes e isoladas, custou R$ 1,2 bilhão.
No caso da micro e minigeração distribuída, o custo foi de R$ 2,8 bilhões. Mesmo com a redução gradual dos subsídios, as atividades de irrigação e aquicultura e o consumo residencial rural tiveram subsídios de R$ 2,2 bilhões na tarifa.