A Ágil Solar calcula que no ano de 2022 teve um crescimento de 80% e 2023 não deverá ser diferente. A integradora especializada em projetos fotovoltaicos diz que a sua aposta está centrada no desenvolvimento de franquias e atenção ao cliente. De acordo com o CEO e fundador Matheus Carvalho, o fortalecimento da rede da empresa e os bons números e perspectivas previstos para o setor tornam o ambiente em que está inserida muito positivo. A empresa já instalou cerca de 10 MW em sistemas. A meta  para 2023 é aumentar as unidades em 50%  e ter um faturamento de R$ 40 milhões,  55% superior  ao do ano passado.

Ele conta que em 2021 houve a transformação da marca em franquia e hoje existem unidades nas cidades de Araçatuba, Araraquara, Bauru, Marília, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba, no interior de São Paulo, e em Uberlândia, em Minas Gerais. Carvalho vê esse movimento como uma etapa consolidada. Após a compra, são realizadas ações de imersão na área de energia fotovoltaica e treinamentos em temas como gestão, marketing e assessoria contábil para os novos representantes. “Focamos nos processos em 2022. A troca é boa, ajudamos os franqueados”, comenta.

Carvalho, da Ágil Solar: centralização na engenharia do processo

O investimento inicial no modelo loja física é de R$ 80 mil, com R$ 25 mil de taxa de franquia, R$ 43 mil de capital de instalação e R$ 12 mil de capital de giro. O faturamento médio por mês previsto de cada loja é de R$ 180 mil. A taxa de royalties mensal é de 3,5% sobre o faturamento bruto.

Em um setor que ano a ano cresce cada vez mais, a concorrência também é forte. Mas o CEO da Ágil Solar aposta na atenção dispensada ao cliente em todo o processo como o diferencial para conquistá-lo. Ele lembra que essa aproximação para uma melhor atenção na vida do sistema é necessária por considerar haver bastante desinformação e despreparo no mercado. “Temos o cliente como amigo, com muitos testemunhos no nosso site agradecendo”, lembra.

Mesmo com a mudança na incidência de subsídios sobre os sistemas fotovoltaicos iniciada em janeiro deste ano, Carvalho diz que as placas nos telhados continuam atrativas para o consumidor. O escalonamento proposto, além dos aumentos na tarifa e na inflação fazem com que a opção pela GD mantenha o viés de alta. Para o líder da Ágil Solar, os ganhos para o consumidor permanecem . “Olhando para a parte do precificável e analisando os números, o investimento e o retorno também não mudam”, observa.

A mão de obra, um dos pontos sensíveis nessa área, também não fica de lado. A centralização da engenharia própria na franqueadora é considerada o carro-chefe, permitindo atuar na padronização e próximo da parte técnica dos projetos. Segundo o CEO, muitas empresas terceirizam essa parte, o que pode acabar acarretando problemas futuros nos sistemas. “O acompanhamento diário da engenharia é o diferencial da companhia, faz toda a diferença”, ressalta ele.

Com foco no púbico residencial e no estado de São Paulo, os próximos alvos são Minas Gerais e Paraná. Os telhados mineiros são considerados um dos mercados mais disputados do país, por além da boa radiação, possuir desde o início da modalidade um arcabouço permissivo à expansão dos negócios. No Paraná, a  unidade Londrina deverá ser a porta de entrada na região.