O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou na última quarta-feira, 18 de janeiro, durante painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o potencial para geração de energia limpa da América Latina, podendo se tornar um polo global. Para Haddad, o clima na região dá as condições para a produção de usinas hidrelétricas, solares, eólicas e de hidrogênio verde.
De acordo com o ministro, as reformas econômicas no Brasil caminham junto com os objetivos de sustentabilidade e o modelo de economia defendido é o da retomada do crescimento com sustentabilidade fiscal, ambiental e justiça social. Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, faz parte da delegação brasileira na Suíça, o que reforçou o foco ambiental do governo. Para o ex-prefeito de São Paulo, a integração entre os países latino-americanos é necessária para o desenvolvimento e vai demandar acordos estruturais e econômicos, com ações que potencializem as vantagens competitivas na área das fontes limpas.
Não foi a primeira vez que o titular da Fazenda do governo Lula abordou a temática da energia renovável. Dias antes, após encontro com o presidente do BID, Ilan Goldfajn, Haddad já havia dito que o banco se ofereceu para financiar projetos dessa categoria no Brasil. Não foram citados valores, mas foi enfatizado que pelas cifras envolvidas nos projetos, o crédito não seria baixo.
Ainda durante a posse, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante seu discurso no Congresso Nacional já havia citado a transição energética por três vezes, dando a indicação de que o governo deverá atuar nesse sentido. Logo depois foi a vez do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, quando de sua posse no MME anunciar a criação da Secretaria de Transição Energética, contudo, até o momento, sem a indicação de que quem chefiará esse segmento, assim como todas as demais secretarias.