O consumo de energia elétrica no mercado cativo e livre do Grupo Energisa atingiu 37.519,8 GWh em 2022, alta de 1,4% na comparação anual, afirma o último boletim da companhia. Os resultados positivos se fizeram presentes em sete dos 12 meses do ano, com clima quente no Centro-Oeste e base baixa de comparação.
Destaque para crescimento de 3,2% classe comercial e de 16,5% do poder público, que acabaram por puxar 50% do incremento acumulado no período. Sete distribuidoras apresentaram alta, com destaque para Mato Grosso, Rondônia e Tocantins, que subiram 2,5%, 6,4% e 5,3% respectivamente
No quarto trimestre, a utilização de geração distribuída, clima mais ameno e Resolução 901 (recadastramento dos clientes rurais para residenciais) foram as principais razões para a redução de 0,3% do consumo em relação ao mesmo período do ano anterior. As classes que mais contribuíram para a queda foram a rural e comercial, que recuaram 9,1% e 2,3%.
As concessões que apresentaram as maiores quedas no período foram Mato Grosso do Sul, Sul Sudeste e Sergipe, com 6,8%, 3,3% e 3%. O recuo foi compensado em parte pela alta na demanda de seis distribuidoras, em especial Tocantins, Rondônia e Mato Grosso, com 9,1%, 4,9% e 0,9%.
O segmento industrial apresentou leve aumento de 0,5 GWh, destaque para as três regiões mencionadas acima, sendo influenciadas pelo setor de alimentos. Em contrapartida os decréscimos tiveram impactos das áreas de óleo e gás, minerais não-metálicos e calçados.
A classe outros registrou acréscimo de 3,4%, com maior relevância vindo do Mato Grosso, Rondônia e Paraíba. O resultado foi puxado principalmente pelo poder público, em linha com a retomada das aulas na rede pública e atividades do funcionalismo. Por fim, a classe residencial subiu 1,5%, sendo o maior crescimento de consumo no trimestre.
Já no mês de dezembro, o consumo consolidado mostrou aumento de 0,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Destaque para as classes residencial e outros e a limitação vindo da GD e o clima nas concessões da EMS, EMT e ESS.