O Operador Nacional do Sistema Elétrico aponta que a carga de fevereiro deverá ficar 3,1 pontos percentuais abaixo do que foi previsto originalmente para o mês. A previsão é de queda de 1,1%, com 73.221 MW médios no país ante a alta de 2%, ou  75.552 MW médios, esperado no planejamento de carga para 2023 a 2027, divulgado no final do ano passado.

Os dados foram revelados no primeiro dia da reunião do Programa Mensal de Operação de fevereiro. Nesse mesmo dia a ONS sinalizou que espera queda de 1,6% em março, 1,1 ponto percentual a mais do que o plano de 5 anos. Com isso, a estimativa é de que na base anual a carga fique em 71.155 MW médios, alta de 2%. O planejamento apontava para alta de 2,7%, ou 71.736 MW médios.

Esse resultado acaba não sendo uma novidade. Já durante o mês de janeiro, no CanalEnergia Live, a coluna Climatempo vinha reportando temperaturas mais baixas, principalmente nas duas primeiras semanas e que levaram a uma carga menor para o período em situação de normalidade. Segundo o ONS, a atividade econômica também contribuiu para que a carga ficasse em um patamar mais baixo do que o esperado.

No maior submercado do país, o Sudeste/Centro-Oeste, a previsão inicial de fevereiro aponta uma forte queda, de 2,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. No mês de março o índice é mais forte queda de 5,5%. Esses índices apontam para uma redução das estimativas de crescimento da carga no período de 2023 a 2027. Nessa região, o ONS estima ficar 1,5% a maior com 40.480 MW médios cerca de 500 MW médios a menos.

O sul segue a curva do SE/CO sobre a performance de fevereiro que deverá ter uma redução de 2,7% ante 2022. Em março a visão atual do ONS é de que haja retração de 0,4%. No acumulado do ano, a estimativa é de crescimento de 1,2%, nível um pouco mais modesto do que o projetado para o período de 5 anos que estava em 2%, ou 12.336 MW médios.

Já no Nordeste a previsão está em linha com o que está projetado no plano de 2023 a 2027 com alta anual estimada de 2,2% na comparação ao ano passado. Há um pequeno ajuste de 3 MW médios a menor, indo para 11.551 MW médios. Em fevereiro a carga projetada é de retração de 0,1% e em março alta de 1,8%.

No submercado Norte a expectativa inicial continua sendo de forte crescimento por conta de retomada de carga por grande consumidor de energia na Rede Básica. Em fevereiro é esperado alta de 12,3% na comparação com o mesmo período de 2022 e em março o índice acelera para 19,3%. No ano a estimativa é de chegar a 6.842 MW médios ou 9,9% a mais do que em 2022. Contudo, levemente menor do que o estimado pelo planejamento de 2023 a 2027 que esperava 10% de alta.

2022

No ano passado a caga do SIN foi de 67.757 MW médios o que representa um crescimento de 0,3% quando comparado ao ano de 2021. De acordo com o ONS, apenas no Nordeste houve queda, de 1,4%. Nos demais houve aumento, mas ainda assim em patamar mais modesto que o esperado, sendo de 0,4% no SE/CO, de apenas 0,1% no Sul e de 3,4% no Norte por conta da retomada de um produtor de alumínio naquela região.