Os contratos firmados pelo atual diretor geral de Itaipu Binacional, Anatalício Risden Júnior, fechados após 1º de novembro passarão por uma varredura. Essa deverá ser uma das primeiras ações do próximo a ocupar o cargo, Ênio Verri, cujo nome foi indicado ainda ontem à tarde.
Verri, que é deputado federal pelo PT do Paraná, afirmou que o nome dele está em análise na Casa Civil e que estima a publicação que o colocará na direção da geradora deve sair até final de fevereiro. Segundo ele, a ideia assim que assumir é a de revisar todos os convênios e liberações de recursos determinados por Risden Júnior depois dos resultados das eleições, quando se sabia quem seria o próximo presidente da República.
“As obras estruturantes não serão alvo de ações pois são históricas. Agora, há denúncias sobre convênios e liberações de recursos de novembro para cá, esses sim vou rever todas”, afirmou ele em entrevista nesta sexta-feira, 27 de janeiro, à rádio Cultura de Foz do Iguaçu.
O futuro diretor refere-se a reportagens publicadas por jornais de grande circulação que sinalizaram o aumento no volume de convênios assinados pelo atual diretor, inclusive com abrangência fora do escopo da usina. Contudo, Verri afirmou que antes de confirmar o cancelamento desses acordos, prefere fazer essa análise dos contratos assinados. “O que foi fechado antes da eleição fica como está, agora aqueles feitos depois do resultado da eleição será questionado”, reforçou ele que considera possível manutenção de convênios caso sejam viáveis.
Sobre a diretoria da binacional, Verri comentou que os nomes estão sendo analisados, mas que todos passam pelo crivo do presidente da República. Aliás, questionado sobre qual é a missão dada por Lula a ele, o diretor disse que a definição é simples, é seguir com o papel importante da usina no caráter ambiental de atendimentos aos povos originários, atenção à agricultura familiar e inovação tecnológica. O trabalho, disse ele, estará vinculado aos investimentos da usina com políticas públicas multissetoriais destinadas ao Paraná.
Sobre a revisão do Anexo C, cujo vencimento ocorre em agosto, Verri comentou brevemente sobre a necessidade de renegociação. E que os termos devem ser bom para ambos os lados. Esses termos, afirmou ele, ainda dependem das conversas que serão tratadas com o presidente da República.