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Depois de iniciar a operação comercial de mais 71 MW entre 17 aerogeradores na última semana de 2022, referentes ao projeto Gravier, no Ceará, a mineira Aliança Energia está concentrando seus esforços na eficiência operacional de seus empreendimentos e em terminar o parque Acauã, de 109,2 MW no Rio Grande do Norte, até novembro, devendo fechar 2023 com 1,4 GW operacionais. O montante é composto por sete usinas hídricas e três eólicas.
Em entrevista à Agência CanalEnergia, o diretor e gerente de Implantação na Aliança, Carlos Henrique Afonso, disse que a companhia está discutindo internamente sobre a expansão em determinadas fontes como a solar e a modernização de outras hidrelétricas para além de Aimorés e Funil, mas que no momento nenhum novo projeto está sendo desenvolvido.
“Acreditamos que vamos seguir num portfólio renovável com a solar no radar no médio e longo prazo e acredito muito na hibridização como a bola da vez, vendo muitos parques com tendência de ventos à noite”, comentou o executivo, citando outros pontos importantes com digitalização e inovações visando a eficientização da empresa como um todo.
Parque Gravier demorou quase dois anos para ser construído e opera com turbinas de 4,2 MW da Weg (Aliança)
Ele conta que a implementação Gravier começou em janeiro de 2021 e surgiu da necessidade de aproveitar o potencial de ventos no município de Icapuí (CE) e a sinergia com a estrutura já existente de outros quatro parques da companhia na região e que integram o complexo Santo Inácio (CESI), que completou cinco anos de operação com 99 MW de potência.
A última etapa da usina foi finalizada em dezembro de 2022, com a primeira operação comercial iniciando em novembro. O parque angariou R$ 400 milhões em investimentos, com as unidades de 4,2 MW vindas da Weg. A capacidade é equivalente ao consumo de 550 mil pessoas ou 180 mil residências, com a energia sendo interligada ao Sistema Interligado Nacional por meio de subestação (SE) da Mossoró IV, da Chesf, via linha de transmissão de 230 kV de 9 km.
O diretor também destacou que o projeto foi idealizado, desenvolvido e estruturado pela equipe própria da companhia, o oque tinha acontecido em menor proporção com os outros projetos na região. “O primeiro parque teve uma participação interna mas foi menor e vejo como uma tendência em aumentar nosso desenvolvimento e acompanhamento interno para os projetos, que contam também com outras empresas contratadas”, refere Afonso.
Empresa começou montagem das torres no projeto Acauã e já tem demais fundações concluídas (Aliança)
Já Acauã prevê 26 aerogeradores e a expectativa é para entrada da operação comercial completa em novembro desse ano. De acordo com o executivo, a obra está com todas as fundações, subestações e linha concluídas, iniciando no momento as montagens das torres para as turbinas. A entrada escalonada das unidades deve acontecer partir de junho, como normalmente acontece. O aporte no projeto é de aproximadamente R$ 700 milhões.
No curto prazo, Afonso descarta ampliações nos projetos eólicos em 2023 e reafirma a ideia da companhia de focar nesse momento em aprimorar sua operação, garantindo que ela tenha performance parecida os outros parques, cujos fatores de capacidade médio estão em cerca de 60%, segundo dados da Aneel.
Ademais o diretor comentou que a crise logística ainda vem afetando a cadeia de suprimentos de alguma forma, com algumas questões mais previsíveis e outras não, mas frisando que a empresa conseguiu equacionar alguns pontos e entregar a rentabilidade que os acionistas queriam mesmo com todas as dificuldades.
“Ainda estamos nessa crise, qualquer hora surge uma nova notícia ou instabilidade da guerra, o que provoca impactos na cadeia dos insumos e um problema que ainda tem que ser resolvido no médio prazo”, finaliza.