A Eletrobras e a Petrobras participaram da abertura do evento MIT Reap In Rio, nessa segunda-feira, 30 de janeiro, no Museu do Amanhã. O ex-presidente da Vibra Energia e que retornou ao comando da estatal de energia há quatro meses, Wilson Ferreira Jr, destacou que o Brasil possui atualmente os dois principais pontos para avançar e liderar a transição energética mundial, citando as maiores capacidades de captura de carbono e o potencial para as fontes renováveis.
“Faltava juntar aquilo que é nosso melhor, que são as pessoas e vejo o Rio de Janeiro como o lugar certo para isso, pela própria energia contagiante dos cariocas”, comentou o executivo, referindo-se a importância da iniciativa da universidade norte-americana para congregar um ecossistema de conhecimento diverso e inovações voltadas ao setor elétrico.
A ideia do MIT Reap é transformar o Rio de Janeiro numa sede global de energia para o futuro, uma espécie de Vale do Silício com foco amplo e não refratário no desenvolvimento de diferentes frentes tecnológicas, como em uma cadeia de óleo e gás mais limpa, um hub de fontes renováveis e ao próprio organograma de inovação inclusiva e sustentável.
Em sua fala, o recém nomeado presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, conclamou a participação maior de outras empresas de energia com sede ou atuação na capital fluminense para colaborar com o novo ecossistema, citando a Voltalia e destacando as mais de 60 novas parcerias que a petroleira reuniu na última fase de seu programa para desenvolvimento de novas tecnologias e que supera a barreira dos R$ 140 milhões.
“Precisamos mesclar tecnologia com a ciência dentro do que necessita ser desenvolvido e transformado na sociedade. Se bobear o Rio já é capital de energia e sustentabilidade do Brasil e é muito bem-vindo que outras cidades e regiões se conectem a essa rede”, ressalta, afirmando que pesquisa tem que estar entranhada nas empresas e que foi esse avanço que possibilitou a fonte eólica e solar atingirem os patamares atuais de representatividade na matriz.
Por fim, Prates trouxe alguns dados da companhia que demonstram sua importância para a evolução tecnológica do setor energético, como os mais de 100 laboratórios com 4.500 equipamentos, 1.100 depósitos, 10 mil pesquisadores e mais de 900 parcerias no Brasil e exterior. “Precisamos trocar informações e aprender também com outras experiências e outros países, sem ser refratários mas também não subservientes”, finaliza.