Um levantamento realizado pela Redirection International mostrou que as fusões e aquisições (M&A) no mercado brasileiro de energia solar apresentaram um crescimento de 92% em 2022, em relação a 2021, com 25 transações concluídas, quase o dobro do ano anterior, que registrou 13.
De acordo com o estudo, os fatores que impulsionaram a atração de investimentos no setor são o marco legal da micro e minigeração distribuída, em vigor desde o início de 2022, e os incentivos fiscais para a instalação de sistemas fotovoltaicos. O economista e sócio da Redirection, Adam Patterson, destaca que a legislação vigente trouxe segurança jurídica para os investidores e as fusões e aquisições trazem grandes oportunidades para acelerar essa transição da matriz energética.
Além disso, o levantamento aponta que o setor macro de energia no Brasil também apresentou crescimento no volume de fusões e aquisições. As operações envolvendo companhias energéticas representaram 10% do total de transações registradas no Brasil no ano passado, com 114 negociações consolidadas, crescimento de 81% em relação a 2021, quando foram 63.
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que o bom desempenho é resultado do crescimento do setor, que já responde por 11,2% de toda a energia elétrica produzida no país e se tornou recentemente a segunda principal fonte da matriz energética brasileira.
Só nos últimos doze meses, a potência instalada de sistemas fotovoltaicos aumentou 84% no país, passando de 13 gigawatts (GW) em janeiro de 2022 para 23,9GW no início de 2023, de acordo com dados da ABSOLAR. A expectativa é que a capacidade produtiva aumente 42% em 2023, alcançando 34GW de potência instalada.
Por fim, os dados da Redirection International mostram que o mercado de startups também deve alavancar o setor nos próximos anos. As energytechs atraíram, somente nos 11 primeiros meses de 2022, cerca de US$ 288 milhões em investimentos, crescimento de 134% em relação a 2021.