O Bank of America elevou sua recomendação da Taesa de ‘underperform‘ para ‘compra’ e apontou um novo preço alvo para a ação da transmissora que é de R$ 39, taxa de retorno total em 12 meses de 20% e TIR real de 8%. Segundo relatório da instituição financeira, três pontos pesam a favor, o de estar menos exposta a riscos regulatórios, o segundo é estar menos exposta à volatilidade macro, e por último, oferece melhores retornos ajustados ao risco.

Entre os pontos que elevaram a avaliação da transmissora estão as estimativas de Ebitda para o período de 2023 a 2026 em 9%. Esse aumento deve-se aos ajustes de receita acima das estimativas verificado no terceiro trimestre e ao cronograma para projetos.

“Também estamos aumentando nosso custo da dívida +50 pontos base (base points) para refletir o recente aumento nas taxas do Brasil. Nosso retorno total esperado de 17% consiste em: 9% de dividend yields e 8% de ganho de capital da compressão de TIR”, explicou o banco.

E ainda, que há espaço para as ações se reavaliarem, já que investidores mais avessos ao risco poderiam estar dispostos a aceitar uma TIR mais baixa para o fluxo de caixa virtualmente bloqueado da Taesa, especialmente porque os participantes do mercado veem riscos de cortes de EPS no Brasil. Além disso, o pagamento de dividendos pode permanecer em 100% a partir de 2024.

Apesar dessa elevação, o BofA aponta que planos ambiciosos da empresa podem colocar os rendimentos em risco, especialmente porque o governo passado havia apontado que este ano seriam R$ 50 bilhões em projetos colocados em leilão de transmissão.

O banco aponta que a alavancagem da transmissora acima de 4,5x a relação entre dívida líquida sobre o ebitda somente se a empresa comprometer R$ 4,5 bilhões nos próximos 2 anos.