Os reservatórios das usinas do Sistema Interligado Nacional registraram em janeiro as melhores condições de armazenamento dos últimos 11 anos, com 69,8% no Sudeste/Centro-Oeste, 86,9% no Sul, 75,7% no Nordeste e 89,3% no Norte do país. Na média do SIN, o nível ficou em 73,1%, e a expectativa para fevereiro é de que essa média atinja entre 80,5% e 80,7% da Energia Armazenada Máxima.

Os dados foram apresentados pelo Operador Nacional do Sistema, no encontro mensal do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico realizado nesta quarta-feira, 8 de fevereiro.

O ONS aponta boas condições de atendimento até o final de julho, tanto em termos de energia quanto de potência, e trabalha com a perspectiva de que em abril, no final do período úmido, os reservatórios estarão com os melhores volumes de água dos últimos anos.

O CMSE realizou hoje a reunião do colegiado que deveria ter acontecido em janeiro, com um balanço das ações do Comitê durante todo o ano de 2022. Em seguida foi feita a reunião ordinária de fevereiro, com a avaliação das condições de atendimento ao sistema.

Um dos pontos destacados no encontro foi o cenário hidrológico positivo, que tem resultado em vertimentos em todos as regiões, e que permitiu pela primeira vez a exportação comercial de excedentes de energia hidrelétrica do Brasil para a Argentina e o Uruguai.

Em janeiro, os maiores volumes de chuva ocorreram nas bacias dos rios Grande, Paranaíba, alto São Francisco e no trecho incremental à UHE Itaipu. Segundo nota do CMSE divulgada pelo Ministério de Minas e Energia, as bacias do São Francisco e do Grande permanecem com operação em condição de cheia, seguindo diretrizes adotadas para os usos múltiplos das águas e a segurança da população.

Transmissão

Outro assunto tratado foram as medidas de enfrentamento aos atos de vandalismos em instalações de transmissão no início do ano. A Agência Nacional de Energia Elétrica fez um balanço das ações determinadas aos agentes de geração, transmissão e distribuição, que contemplaram inspeções em instalações estratégicas, a adoção de planos de contingência e o aprimoramento da comunicação com o órgão regulador.

Já o ONS destacou a robustez do sistema elétrico, que continuou a operar sem interrupções, mesmo com as quedas de quatro torres de transmissão e danos verificados em outras 16.