A geração de energia elétrica pela Petrobras ficou em 859 MW med em 2022, mostrando um recuo de 75% em relação a 2021. No quarto trimestre do ano passado, a geração de 658 MW med significou uma variação negativa de 81,3% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Ao observar a geração do terceiro trimestre, houve um aumento de 41% em virtude da volta à operação da UTE TermoRio em outubro, após parada programada. De acordo com a Petrobras, a queda na geração veio em função da recuperação dos reservatórios.
Em 2022, houve redução de 16% do volume de disponibilidade em leilão, devido ao fim de contratos no quarto trimestre de 2021 e do desinvestimento de UTEs Arempebe, Bahia 1 e Muricy, movidas a óleo, também em 2021. Em 2022, a Petrobras assinou os contratos do primeiro leilão de reserva de capacidade do país, referente a 2.207 MW de potência. Os contratos representam a recontratação de 41% da capacidade do parque gerador e com previsão de início em julho de 2026.
A entrega de gás nacional pela estatal no ano passado chegou a 35 milhões de m³/dia, valor 18,6% menor que em 2021. No quarto trimestre de 2022, a entrega ficou em 34 milhões de m³/dia, recuo de 22,7% na comparação com igual período de 2021. O menor volume de gás entregue pela Petrobras no ano também foi causado pela redução de contratos de compra com produtores parceiros e de desinvestimentos em produção própria concluídos. Com o fim dos contratos, os produtores passaram a comercializar o gás diretamente com as distribuidoras e consumidores livres. Ainda em 2022 houve redução de 15% na importação de gás boliviano e 74% no volume de GNL regaseificado, justificado pelo menor despacho termelétrico.