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A Andrade Gutierrez que tem tradição no mercado de geração de energia está focada em entregar o seu primeiro projeto eólico em 2023. “Em paralelo, estamos negociando outros empreendimentos grandes com clientes do setor de energia para início no segundo semestre. Seguimos apostando no mercado de energia no Brasil, inclusive retomando o estudo de grandes projetos hidrelétricos, mas também buscando aumentar a participação no mercado eólico, solar e térmico”, disse o gerente de negócios da Andrade Gutierrez, Andre de Resende.
Atualmente, a AG é responsável pela construção de aproximadamente 6.000 MW de energia das mais variadas fontes, entre 2.400 MW de energia solar, 423MW de energia eólica, e 3.100 MW de usinas termelétricas (as duas maiores da América Latina). Nos últimos três anos, a empresa entregou mais de 2,2 mil km de linhas de transmissão e seis grandes subestações de energia.
Para 2023, as perspectivas são as melhores possíveis e segundo o gerente de negócios da AG, o mercado de energia vem crescendo de forma muito importante nos últimos anos. “O desconto da TUST viabilizou diversos projetos, que agora correm contra o tempo para serem implantados. Ao mesmo tempo, esse grande volume de projetos cria gargalos no setor de transmissão, que é outro mercado que a AG vem atuando com muita expressividade nos últimos anos, entregando quase 3.000km de LTs desde 2019”, explicou.
O executivo disse à Agência CanalEnergia que o mercado de energia está em franca expansão no Brasil, com diversos players internacionais investindo grandes quantias no país, com foco na agenda ESG. “O principal desafio é entregar os projetos, que cada dia mais são maiores e mais complexos, os equipamentos estão aumentando em escala exponencial, aumentando os gargalos logísticos e exigindo ainda mais de soluções de engenharia inovadoras, que permitam o cumprimento de prazos e a entrega sem acidentes”, ressaltou.
No segmento de renovável a Andrade Gutierrez foi responsável pela construção de dois grandes complexos solares no Ceará que já iniciaram a fase de operação comercial. A companhia também executa de forma simultânea os dois maiores complexos solares das Américas, um na Bahia e outro em Minas Gerais. E recentemente, a companhia, que já havia atuado no mercado de energia eólica através de parcerias, iniciou a construção do primeiro projeto eólico gerido 100% pela AG, localizado na Bahia.
De acordo com Resende, o projeto está sendo construído pela AG, sendo que investiram em novos equipamentos de construção para atender ao mercado. Incluindo caminhões fora de estrada, escavadeiras, rolos compressores e motoniveladoras, além de outros grandes equipamentos de terraplanagem e concretagem.
A companhia também atua, desde 2015, na fabricação de torres metálicas em sua fábrica de torres eólicas do nordeste em Jacobina (BA), região central de desenvolvimento e implantação de novos projetos de energia eólica. E foi em 2020 que estreou no setor de energia solar com a construção do complexo Fazenda Alex, de 357 MWp. Ativo, iniciou sua plena operação comercial no ano passado. Já a UFV (Usina Fotovoltaica) Lavras I e II com 243 MWp, localizada em Caucaia (CE), teve sua operação comercial plena iniciada este ano. Atualmente, estão em execução pela companhia a UFV Janaúba, de 831 MWp, localizada no Norte de Minas, e que já teve o início da sua operação comercial, e a UFV Futura, de 837 MWp, em Juazeiro (BA), com previsão de entrar em plena operação até o final do ano.
“As energias renováveis solar e eólica são fundamentais para a preservação dos reservatórios das hidrelétricas no Brasil, visto que, por serem fontes intermitentes e limpas, são usadas de forma complementar à fonte hídrica nos momentos de maior demanda. As fontes hídricas dependem muito das janelas de chuvas, que são complementares às janelas de maior insolação e maiores índices de vento. Isso acontece sem grandes aumentos de custos para o consumidor, diferentemente da geração fóssil, que é muito mais cara e deve ser usada apenas para garantir a segurança energética do país”, disse Resende.